Publicado em 24/02/2021, às 08h32 - Atualizado em 25/02/2021, às 08h08 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
Duas irmãs foram internadas em um hospital particular no Recife com mal-estar e dores depois de comerem o peixe arabaiana. Segundo a família delas, em entrevista ao G1, os médicos confirmaram o diagnóstico de Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”.
Em entrevista exclusiva à Pais&Filhos o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, filho de Rachel e David Huberman, explicou um pouco mais sobre a doença, que tem como sintomas as dores musculares, fraqueza, formigamento de membros inferiores, podendo evoluir com rabdomiólise, que é a degradação dos músculos liberando uma proteína que prejudica o sangue. “Neste caso, pode-se apresentar insuficiência renal, em que a coloração da urina (que pode chegar ao tom marrom escuro) é um marcador importante”, aponta.
A partir desses sintomas, segundo o médico, é possível fazer o diagnóstico clínoco da doença de Haff baseado também na informação de ingestão de peixe de água doce nas 24 horas precedentes. “Também podemos avaliar os níveis elevados de marcadores de necrose muscular, particularmente mioglobina e creatinofosfoquinase”, completa.
Ainda com pouco conhecimento sobre a doença, sabe-se que os peixes tambaqui, arabaina e pacupeba podem ser causadores da síndrome. Sendo que, segundo Jorge, existem duas hipóteses para a transmissão: uma é que esses peixes ingerem algas que contêm uma toxina que pode causar a síndrome; e a outra opção é a conservação inadequada deles também dê origem à toxina. Portanto, devemos sempre verificar em que condições os peixes estão armazenados.
O tratamento da doença consiste em hidratação e hemodiálise para rápida retirada da toxina da corrente sanguínea, além da administração de bicarbonato endovenoso para promover a proteção renal.
E fica o alerta para para gestantes e crianças, já que segundo o especialista ela pode ser arriscada para esses grupos. “Ela é perigosa pela gravidade e pelo difícil diagnóstico, pois pode levar a insuficiência renal permanente”.
A internação das jovens foi apenas horas após almoço, no qual comeram o peixe arabaiana, também conhecido como “olho de boi”, de acordo com a mãe das pacientes, Betânia Andrade. O peixe foi comprado na Zona Sul de Recife.
“Flávia fez um almoço na última quinta-feira e convidou eu e Pryscila. Além de nós, tinha o filho de Flávia, de 4 anos, e duas secretárias. Os cinco comeram o peixe, menos eu. Quatro horas depois, Pryscila enrijeceu toda, teve cãibra dos pés até a cabeça e não conseguia andar. Meu neto, de madrugada, teve dores abdominais e diarreia, e as duas secretárias sentiram dores nas costas”, disse a mãe.
Ainda de acordo com Betânia, o diagnóstico foi dado pelo hospital no sábado, 20 de fevereiro, mas não tem autorização para enviar o boletim médico sobre o estado de saúde das irmãs. A mãe ainda pediu que informações sobre a doença sejam mais divulgadas para a população conhecê-la e evitar outros casos de infecção. “Essa é uma síndrome pouco conhecida, inclusive nos hospitais, é uma raridade. A fiscalização tem que bater em cima, pois estamos na Quaresma, quando se come muitos peixes e crustáceos. A população precisa ficar ciente que pode haver uma infecção”, concluiu Betânia.
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