Homem fica ‘grávido’ por 36 anos e tem descoberta surpreendente sobre seu caso raro

O caso do indiano Sanju Bhagat ganhou repercussão nas redes sociais recentemente com o compartilhamento de sua curiosa história: o homem, aos 36 anos, descobriu que estava “grávido” desde que nasceu.

Desde criança, Sanju era chamado de “homem grávido” por ter uma barriga mais saliente do que a das outras crianças. O que ninguém imaginaria era que, décadas depois, realmente seria comprovado que ele carregava uma “criança” no ventre.

Aos 36 anos, Sanju começou a sentir fortes dores no estômago e dificuldades para respirar e foi levado às pressas para o Tata Memorial Hospital, em Mumbai (Índia). Os médicos o levaram imediatamente para a sala de cirurgia, desconfiando que ele tinha um tumor na barriga.

“O tumor era tão grande que pressionava seu diafragma. Por isso, ele estava com muita falta de ar. Devido ao tamanho do tumor, sabíamos que seria difícil de operar. Já prevíamos muitos problemas”, disse o cirurgião Ajay Mehta, em entrevista à ABC News.

Foi quando Sanju recebeu um diagnóstico impressionante: ele tinha uma condição biológica rara que fazia seu corpo alojar o próprio irmão gêmeo. “Para minha surpresa e horror, pude apertar a mão de alguém lá dentro. Foi um pouco chocante”, disse o médico.

Outra médica que participou do procedimento também conta como foi a situação. “Ele colocou a mão lá dentro e disse que havia muitos ossos. Primeiro, um membro saiu, depois outro membro saiu. Depois, uma parte da genitália, depois uma parte do cabelo, alguns membros, mandíbulas, cabelos…”, comentou.

Dentro do estômago de Sanju Bhagat havia um feto em formação — a condição médica rara é chamada fetus in fetu (FIF). A estimativa é de que ela aconteça em 1 a cada 500 mil nascimentos. O fenômeno acontece quando um feto se aloja ao corpo do próprio gêmeo: a gravidez começa com dois bebês compartilhando a mesma placenta, e em algum momento do desenvolvimento, um deles é “absorvido” pelo irmão.

Por não ter os órgãos necessários para sobreviver, acaba se tornando uma espécie de parasita do bebê maior. Na maioria dos casos, ambos os corpos morrem antes de nascer.

Logo que terminou a cirurgia, Sanju não quis ver o que foi retirado do seu estômago. “Ele não queria ver porque parecia muito medonho”, disse o cirugião. A dificuldade de respirar desapareceu e Sanju Bhagat se recuperou imediatamente.