Publicado em 12/11/2020, às 13h51 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano
Vanderson Maia e Jaqueline Camare estão aguardando para dezembro a cirurgia de separação das filhas recém-nascidas e gêmeas siamesas, Eloá e Sara. Independente de terem sido desacreditados por vários médicos de Rondônia o casal aguarda ansiosamente para o procedimento.
As meninas, justas pesaram 4,2 kg após o nascimento e estão ligadas pelo tórax, cada uma tem o próprio coração mas elas compartilham uma válvula do órgão. Atualmente a família está morando em São Paulo, acolhida por conterrâneos. A cirurgia vai ser feira pelo Incor, do Hospital das Clínicas.
Vanderson, em entrevista com a UOL contou que a luta começou desde cedo. “Já temos o Victor, de 9 anos, mas programamos ter outro. Ela ficou grávida, mas teve aborto espontâneo”, explicou. Ele ainda adicionou que um ano após o aborto ela engravidou novamente, o que foi comprovado ao irem à cidade vizinha, apesar de antes terem realizado dois exames de sangue que resultaram negativos.
“Falei que não iria entrar porque sabia que estava grávida, mas a moça me chamou e já pensei, meu Deus, o que é agora? Falaram que era para sentar e, então, me contaram que eram gêmeas”. O pai relatou que a descoberta foi incrível e veio acompanhada de brincadeira do filho mais velho. “É porque eu assustei a mãe, aí virou dois”, disse Victor bem-humorado.
Durante os meses seguintes os pais acompanharam a gravidez com cautela, realizando exames de ultrassom com frequência e todo o acompanhamento pré-natal. No entanto, os encontros com os profissionais de saúde eram difíceis, tendo em vista que eles traziam resultados desanimadores para o casal. No começo eles disseram que eram siamesas, no entanto uma era menor e as duas dividiam um coração, o que dificultaria na sobrevivência delas dentro do útero.
“Ninguém esperava aquela resposta. Não sei como cheguei em casa dirigindo, chorei muito no banheiro naquela noite e rezando para que Deus me desse força”, contou o pai. Ele ainda adicionou que o médico disse que não sabia como a menor ainda estava viva.
“Ele disse que tinha muito líquido na nuca, que seria por síndrome de Down, e que ao olhar o ultrassom não dava para ver todos os membros, que as crianças não teriam os membros superiores”, explicou.
Outra médica conseguiu descobrir que eram duas meninas e que elas tinham todos os membros. “A gente fez vários exames, eletro e ressonância magnética, por exemplo. Deu para ver que eram perfeitas, mesmo tamanho e peso”, relembrou.
Com a certeza que a gravidez continuaria até o fim a médica sugeriu que o casal fosse pra Goiás. “Ela não mencionou que lá era particular. Falei que não tinha como que por mais que temos o plano, tinha coparticipação. Ela, então, conseguiu atendimento na USP, mas teria que ir em uma semana”, comentou Vanderson que recebeu as passagens aéreas pelo plano de saúde.
No dia 23 de setembro as duas nasceram. “Gerou muita expectativa. Minha esposa pediu para acompanhar tudo. Foi uma apreensão muito grande, elas estavam grudadinhas. Deu um desespero, mas ocorreu tudo bem”, lembrou o pai.
Na UTI do Incor, onde será feita a cirurgia, ele comentou que Eloá era a que mais precisava de cuidados. “Elas contraíram uma infecção hospitalar e Eloá tem problema um problema de coração. Hoje ela está entubada. A Sara não precisa, mas como ela compartilha válvula do coração, ela cansa mais”, disse. Felizmente a infeccção já passou e as meninas voltaram à amamentação.
O pai ainda revelou um pouco dos procedimentos pré-operatórios que serão realizados na sexta-feira, 13 de novembro, ou no início da próxima semana. O pai explicou que os médicos do Incor vão por uma espécie de saco bolha na região torácica, onde irão injetar 10 ml de silicone. “Eles esperam que isso gere mais pele para que se possa ter espaço para cirurgia e para fazer as suturas”, contou Vanderson.
Ao serem questionados se estavam nervosos por causa do procedimento, ele respondeu que pelo fato, principalmente, deles serem do interior eles estavam levando a situação com tranquilidade, no entanto que ainda há momentos em que a família fica mais nervosa.
Vanderson ainda disse que criou uma vaquinha online para ajudar com os custos que tem gasto por conta da situação das meninas, sendo eles principalmente o transporte, tendo que ir todo dia ao hospital e a moradia em São Paulo. O pai já recebeu ajuda da igreja católica da cidade natal, de amigos e familiares. Mas, para ele, o importante não é apenas o dinheiro.
“Não adianta pedir ajuda financeira sendo que o principal é a oração. Não adianta ter dinheiro, se não tem saúde. As pessoas precisam acreditar mais na vida”, finalizou Vanderson.
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