Publicado em 09/08/2022, às 15h23 por Carolina Ildefonso, mãe de Victor
Poderia vir com manual! É isso que muitos pais pensam logo que chegam em casa e precisam lidar com o choro do bebê. É fome? É sono? Ou hora de trocar a fralda? Será que é possível entender qual a necessidade da criança através deste tipo de comunicação?
Um estudo publicado na revista Current Biology revela que essa habilidade é possível, mas é necessário adquirir experiência. A descoberta foi feita dentro de uma pesquisa maior que investiga a decodificação do choro dos bebês pelos humanos. “Pais de bebês pequenos conseguem identificar os gritos de dor, mesmo que nunca tenham ouvido antes esse bebê especificamente, enquanto indivíduos inexperientes normalmente não conseguem fazê-lo”, diz um dos autores do estudo, Nicolas Mathevon, da Universidade de Saint-Etienne na França.
Em outras palavras, é possível moldar essa capacidade de “identificar” o tipo de choro de acordo com alguns sinais da comunicação e a intimidade que se tem com a criança. “Descobrimos que a capacidade de diferenciar um choro de dor de um mero choro de desconforto é modulada pela experiência de cuidar de bebês“, explica o pesquisador.
O estudo foi feito com pessoas com ou sem experiência com crianças e bebês sem experiência a pais de crianças ainda pequenas e também com profissionais como babás e outros cuidadores. Em seguida, foi realizado um rápido treinamento aos participantes. Eles tiveram acesso a oito choros de desconforto de um bebê durante alguns dias. Logo depois, o teste para identificar ou não foi realizado. Os autores chegaram então a conclusão que a experiência é tudo! Entre as nuances de quem tinha mais experiência com crianças, os pais de bebês mais novos foram os que tiveram o melhor desempenho.
“Constatamos que a capacidade de detectar dor no choro, ou seja, identificar um choro de dor a partir de um mero choro de desconforto, é modulada pela experiência de cuidar de bebês. Os pais atuais de bebês pequenos podem identificar o choro de dor de um bebê, mesmo que nunca tenham ouvido esse bebê antes, enquanto indivíduos inexperientes normalmente não conseguem fazê-lo”, explica Mathevon.
A pesquisa revela ainda que os choros dos bebês contêm informações importantes que estão codificadas em sua estrutura acústica. A partir destes resultados, os autores vão se aprofundar em estudos de neuroimagem para explorar ainda mais como a experiência e a paternidade moldam a atividade cerebral quando os bebês choram.
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