Publicado em 27/10/2021, às 08h50 por Bianca Apolinário, filha de Adriana e Rogério
A Escola Nossa Senhora do Carmosurgiu no fundo de uma casa simples de um lavrador em Bananeiras na Paraíba, que visava levar conhecimento e aprendizado para crianças e adolescentes, e a alfabetização de adultos principalmente do campo. Em 2005 o projeto iniciou com o intuito de alfabetização de adultos camponeses, e logo foi se espalhando para os filhos.
Gerida pela instituição “Irmãs do Carmelo Sagrado Coração de Jesus e Madre Teresa” (ou Irmãs Carmelitas), a escola conta com ajuda das irmãs e hoje a atual gestora é a Leila Sarmento, professora e doutora em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ela faz parte do projeto social desde o princípio.
Leila tinha o intuito de criar um modelo de educação fora dos padrões tradicionais de ensino: “A partir desse desejo de fazer uma escola nova, Paulo Freire foi e ainda é nosso maior referencial, com essa proposta de educar com os sujeitos, sempre levando em conta os fatores sociais que cercam a vida de todos”, contou a professora.
Graças a ajuda de doações, e por decisão interna da Igreja Católica, em 2007 a escola mudou de nome, passando de “Nossa Senhora do Carmo” para “Escola dos Nossos Sonhos”. O novo modo de ensino era de uma jornada sem hierarquia, tendo a “subjetividade” dos educandos como centro, explica Leila.
“Cada passo é dado através de assembleias e colegiados, onde além da equipe de voluntários, os pais e integrantes da comunidade acrescentam ideias e sugerem mudanças”, explicou Leila. Uma delas mudou completamente o modelo de ensino e de estrutura física da escola.
“A gente se inquietava ao ver a escola com suas salas de aula cheias de carteiras enfileiradas, com seus alunos a olhar o tempo inteiro para um professor à sua frente, ditando padrões, impondo saberes, em sua maioria desligados da realidade dos educandos e com uma avaliação de aprendizagem mais excludente do que formativa”, acrescentou a professora.
O objetivo maior de Leila era de sair daquele modelo engessado de aprendizagem,onde existem carteiras uma atrás da outra, um professor na frente explicando, pois segundo ela esse método não é eficaz porque muitas vezes o aluno ficava disperso e não havia um contato mais direto com ele. Além disso, os professores se transformaram em tutores e mediadores de projetos, desafiando os alunos a serem independentes e livres.
“Muitas vezes, sentimos que nosso maior esforço é por romper com a forma pela qual fomos educados, cuidar para que nossa nova prática não seja permeada de costumes velhos”, desabafa Leila. A professora continuou dizendo que o foco da escola é saber o que o aluno realmente gosta de aprender, entender o método de cada um.
Atualmente, a Escola dos Nossos Sonhos conta com 230 educandos, cujas aulas presenciais retornaram em julho deste ano, com o privilégio dos ambientes abertos. Desde 2015, após uma série de reformulações, a ‘Escola dos Nossos Sonhos’ representou a Paraíba no edital “Inovação e Criatividade em Educação Básica”, do Ministério da Educação, sendo escolhida como uma das 4 grandes experiências do estado por seu “conjunto de novos valores”, certificados pelo MEC. Em 2019 o reconhecimento internacional veio, o programa global “Escolas 2030” que busca avaliar, desenvolver e disseminar boas práticas para a educação de qualidade de crianças e jovens, reconheceu a ‘Nossos Sonhos’ como escola-modelo.
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