Publicado em 19/05/2020, às 16h02 - Atualizado em 27/05/2020, às 15h32 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Nesta terça-feira (19), é celebrado o Dia Mundial da Doação do Leite Humano, que tem o objetivo de incentivar e valorizar esse ato, reforçando a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê. Segundo o Ministério da Saúde, essa atitude pode salvar vidas, uma vez que cada 300 mililitros de alimento sustentam, em média, dez recém-nascidos. Pensando nisso, o órgão e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano lançam a Campanha Nacional de Doação de Leite Materno.
A iniciativa busca conscientizar a população e, novamente, incentivar a doação. Cinthia Calsinski, mãe de Matheus, Bianca e Carolina, enfermeira obstetra, consultora de aleitamento, colunista da Pais&Filhos, destaca que no início da amamentação, assim como os filhos, as mulheres também estão se adaptando um ao outro, e isso inclui a parte do aleitamento materno.
“É comum que a mulher tenha dúvidas relacionadas ao seu processo e, em alguns casos, o bebê pode não pegar a mama adequadamente. Com isso, pode haver ingurgitamento mamário e machucados nos mamilos da mãe”, aponta. Nesse e em outros casos de dificuldade, os Bancos de Leite Humanos são ótimas opções para buscar ajuda. Contudo, com a situação atual, as doações caíram.
Cinthia explica que por conta da pandemia, as mães estão evitando ir aos hospitais: “Infelizmente o número de doadoras e o volume de leite coletado caiu 60% nos bancos de Leite Humano do estado de São Paulo por conta da pandemia. A orientação para as mães é prenderem o cabelo e sempre usar máscara na hora de coletar o leite para doar”.
Mas, a especialista reforça que os bancos de leite seguem um controle rígido de qualidade na ordenha, coleta e processamento do leite doado. Além disso, é possível doar sem sair de casa. Os bancos realizam a coleta domiciliar, atendendo aos critérios e recomendações da Rede Brasileira de Bancos de Leite e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A consultora em amamentação também enfatiza que os estudos até o momento não indicam que o novo coronavírus possa ser transmitido pelo leite materno e todo o leite doado é submetido à pasteurização, garantindo a qualidade. “a doação de leite materno aos bancos de leite humano e postos de coleta é contraindicada para mulheres com sintomas compatíveis com síndrome gripal, infecção respiratória ou confirmação de caso da Covid-19”, acrescenta.
“Qualquer família que tenha um problema ligado à amamentação, pode receber apoio e orientação de um banco de leite. E as mulheres com excesso de leite podem ser doadoras, ajudando a alimentar bebês que estão em UTIs neonatais de hospitais vinculados ao banco de leite que visitaram”, finaliza.
Ao todo, o Brasil possui mais de 200 bancos de leite, que seguem padrões rigorosos indicados pela Anvisa. “Qualquer mulher que amamenta e que tem boas condições de saúde pode ser uma doadora de leite, podendo fazer a retirada do alimento em seu domicílio”, orienta”. O banco realiza um processo de seleção e classificação do leite recebido, avaliando se foi armazenado e transportado corretamente, assim como o volume e quantidade de gordura presente.
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