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Coronavírus: Ministério da Saúde lança aplicativo para ajudar na proteção da sua família

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Publicado em 01/03/2020, às 10h05 - Atualizado em 15/09/2022, às 09h16 por Cinthia Jardim


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O aplicativo tem o intuito de divulgar informações sobre a doença (Foto: Getty Images)

No último sábado, 29 de fevereiro, O Ministério da Saúde lançou o aplicativo “Coronavírus – SUS”. Com o intuito de ajudar no trabalho de informação e prevenção, o sistema possui várias outras funcionalidades que ajudarão a proteger a sua família.

Disponível para celulares com sistema Android ou iOS, você poderá checar dicas, mapas de unidades de saúde, informações sobre o vírus e ainda uma avaliação rápida para checar os sintomas relacionados à suspeita da doença. Para fazer o download em Android, clique aqui e para iOS, clique aqui.

O segundo caso da doença foi confirmado no Brasil

O paciente infectado também é um homem (Foto: Getty Images)

No sábado, 29 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o segundo caso de covid-19, no Brasil. O paciente infectado vive em São Paulo e possivelmente contraiu a doença quando estava na Itália. Até o momento, sabe-se apenas que a vítima é do sexo masculino. De acordo com o ministério, não existem evidências da circulação do coronavírus no país.

De acordo com a rádio BandNews FM, o paciente teria chegado de Milão e ido para o trabalho no mesmo dia, na última quinta-feira, 27 de fevereiro. O que se sabe até o momento é que o homem está em isolamento domiciliar junto a esposa, que não esteve na Itália. Ela não apresenta os sintomas da doença. Uma nota oficial será divulgada pelo Ministério da Saúde nesta noite.

Primeiro caso

Foi confirmado o primeiro caso do novo coronavírus em território brasileiro. O Hospital Israelita Albert Einstein registrou no Ministério da Saúde a notificação de caso suspeito de coronavírus (Covid-19), em um paciente de 61 anos, que esteve recentemente na Itália. De acordo com o Ministério, no atendimento ao caso, o hospital adotou todas as medidas preventivas para transmissão por gotículas, coletou amostras e realizou testes para vírus respiratórios comuns e o exame específico, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova, que confirmou o caso na manhã desta quarta-feira (26).

O paciente com suspeita da doença esteve na região da Lombardia, no Norte da Itália, a trabalho, no período de 9 a 21 de fevereiro. Ele desembarcou na última sexta-feira (21), em São Paulo, com sinais e sintomas (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza) compatíveis com a suspeita de Covid-19, o novo coronavírus. “O paciente está bem, com sinais brandos e recebeu as orientações de precaução padrão”, diz ainda a nota divulgada pelo ministério.

Na Itália, até agora, 11 pessoas morreram no país vítimas da infecção, e o número de contágios subiu para mais de 350. São mais 100 casos confirmados de um dia para o outro e a maioria concentra-se no Norte da Itália. De acordo com informações da Agência Brasil, a direção de saúde regional aconselhou as pessoas a ficarem em casa e, se possível, trabalhar de casa. O cenário na Itália piorou nesta quarta-feira, com as autoridades anunciando 30 novos casos nas duas regiões mais afetadas: Lombardia e Veneto. Entre os novos infectados estão crianças. No Brasil, há outros 20 casos suspeitos da doença, todos em trânsito.

Coronavírus: primeiro caso brasileiro é confirmado em São Paulo (Foto: Unsplash)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu início aos procedimentos padrão, solicitando à companhia aérea a lista de passageiros para identificar as pessoas que estiveram no mesmo voo procedente da Itália, país na lista de casos confirmados da doença. A Agência reforça o alerta para as pessoas que estiveram recentemente em países com casos confirmados e apresentar febre, tosse, dificuldade em respirar ou outros sintomas respiratórios, procure atendimento médico de imediato e informe ao profissional de saúde a viagem feita para o exterior. “O documento será encaminhado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) para investigação de outros passageiros do voo que tiveram contato com o caso suspeito”, diz a nota da Anvisa.

As medidas já começaram

Depois da confirmação do primeiro caso de Coronavírus, o Governo de São Paulo decidiu criar um centro de contingência do Estado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus na cidade.

O centro atuará na Secretaria de Estado da Saúde e conduzirá as medidas de enfrentamento ao COVID-19. Presidido pelo infectologista David Uip, contará com profissionais do Instituto Butantan, médicos especialistas das redes pública e privada, sob a supervisão do Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.

“É imprescindível que, ao apresentar os sintomas, as pessoas procurem um serviço de saúde mais próximo, como fez este paciente”, afirmou o Secretário Germann. Já o infectologista David Uip ressaltou: “A prevenção é o mais importante para doenças respiratórias, pois vírus não respeita fronteira”.

Coronavírus: como se prevenir

Os coronavírus são uma família de vírus conhecida há mais de 50 anos. Tem este nome porque parece uma coroa, se visto no microscópio. Algumas cepas infectam seres humanos, outras infectam somente animais. O novo vírus (2019-nCoV) provavelmente é uma mutação que não atingia humanos e, nos últimos meses, passou de um animal para uma pessoa em um mercado de frutos do mar e animais vivos na cidade de Wuhan, na China.

Para se prevenir, a recomendação do Ministério da Saúde é a mesma feita para a prevenção de infecções respiratórias agudas. São elas:

Cientistas brasileiros decifraram o genoma do vírus

Pesquisadores da USP decifram o genoma do coronavírus em 48 horas (Foto: Reprodução/Getty Images)

Apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, cientistas brasileiros decifraram o genoma do vírus que chegou ao Brasil. Esse tempo é considerado recorde, tendo em vista que o resto do mundo tem levado cerca de 15 dias para fazer o sequenciamento.

A descoberta foi feita por cientistas do Instituto Adolfo Lutz do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Oxford, que fazem parte do projeto Cadde.

Eles analisaram mostra do paciente número 1 do brasil, o senhor de 61 anos de São Paulo, que passou temporada na Itália, na região de Lombardia, a mais afetada. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que a mostra é geneticamente parecida com a que foi sequenciada na Alemanha.

“Uma sequência só não revela muita coisa, mas a importância é mostrar que rapidamente somos capazes de fazer e colocar isso à disposição de outros cientistas do mundo. Quanto mais genomas tivermos, mais podemos entender como a epidemia vai evoluindo no mundo. Por isso precisamos ter isso muito rapidamente”, a pesquisadora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Como disse a cientista, saber quais são os genomas do vírus nos vários lugares que ele chega, é importante para entender como está sua disseminação e possíveis mutações, que podem levar a evolução da doença. Além disso, decifrar o coronavírus ajuda no desenvolvimento de vacinas e tratamentos.

Segundo a pesquisadora Ester, o vírus tem pequenas mutações, mas a taxa de variação dele é considerada baixa.

A descoberta dos cientistas pode ajudar no desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra o coronavírus (Foto: Reprodução/Getty Images)

O projeto Cadde

A finalidade do projeto Cadde é desenvolver novas técnicas para monitorar epidemias em tempo real e é apoiado pela Fapesp e pelo Medical Research Centers, do Reino Unido.

“Temos trabalhado para desenvolver uma tecnologia rápida e barata. Todos os casos que forem confirmados no Adolfo Lutz serão sequenciados. A ideia é fornecer informações que possam ser usada para entender a epidemia em curso, para que outros cientistas possam comparar os dados. Essa cadeia de informação de todo mundo junto é importante para o mundo poder responder à epidemia”, finaliza a cientista.

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