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Como a minha filha finalmente largou a chupeta!

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Publicado em 13/09/2016, às 09h20 por Redação Pais&Filhos


Como um pai de três crianças com idade inferior a 6 anos que trabalha e fica em casa com elas, passei a maior parte da última década tirando fotos dos meus filhos, documentando momentos verdadeiros, percalços diários e desastres frequentes com o meu relógio. Eu também sou um pai blogueiro, o que me coloca na linha de fogo para criticar o que faço de errado diariamente.

Foi assim que, no ano passado, me deparei com o seguinte comentário no Facebook , escrito por um desconhecido, em um selfie que eu tinha postado. “Essa criança é muito velha para ter uma chupeta na boca!”.

De alguma forma eu não tinha percebido a minha filha Ava estava de pé, ao fundo, com sua chupeta entre os lábios. “O te voxê vai fagê po meu lanxe, pai?”, me perguntou ela de maneira meio enrolada, enquanto chegava sorrateiramente por trás de mim na cozinha, dizendo algo tão irreconhecível que eu tive dificuldade em estabelecer que aquilo era inglês.

“Hã? O que foi isso?”, perguntei, de repente, distraído. Talvez eu tivesse deixado a urgência da situação me iludir. Sua voz soou como se ela tivesse os lábios inchados ou um grande maço de tabaco de mascar alojado em sua bochecha. Em vez disso, ela estava mordendo a chupeta!

A chupeta de Ava, uma da sua coleção de 12, não estava mesmo das mais bonitas. Ela parecia um arco-íris de cores vibrantes que em algum momento foi nova e bacana. Mas agora parecia mais ter sido atropelada por um caminhão. E realmente quase foi. Uma vez estávamos viajando de Los Angeles a Maryland e Ava esqueceu a chupeta junto com a naninha em cima do capô do carro. Quando demos pela falta, tivemos que voltar e só encontrei a chupeta no acostamento usando a lanterna do meu telefone celular. Ah, e também teve a vez em que precisei arrancar essa chupeta da boca do nosso cachorro.

A lenda da família é que no meu primeiro aniversário, meu pai calmamente me pediu para tirar a chupeta e sem hesitar, eu atendi. Nenhum dos meus filhos, agora com 4 e 2 anos, gostavam de chupeta. Então, por que a minha filha era tão ligada nela?

Esta não foi a primeira vez que eu tinha notado a situação com a chupeta. Muitas vezes, ao longo do último ano, eu me peguei perguntando ao Google: “Quando uma criança deve parar de usar chupeta?” e “por que minha filha é obcecada por chupeta? ”

O que eu descobri é que as crianças realmente encontram na chupeta um calmante e que não há consequências permanentes graves (pelo menos nenhuma comprovada). A chupeta era para minha filha uma fonte de conforto. Mas, ainda assim, eu queria Ava aparecendo em seu primeiro dia no jardim de infância com este penduricalho entre seus lábios?

Já tínhamos feito esforços sérios para o último beijo de adeus. Primeiro cortamos as extremidades esperando que a perda da sucção pudesse torná-la menos atraente. Não.

Em seguida, nós a subornamos com a promessa de uma nova motoca se ela tentasse simplesmente cochilar sem a chupeta. Ela detestava bicicletas.

E eu até comprei um tanque de gás hélio, inflei um monte de balões cor de rosa, e sugeri que amarrássemos as chupetas aos balões e soltássemos para as nuvens, para que a cegonha pudesse trazê-las de volta para novos bebês adoráveis. Ava olhou para mim como uma víbora pronta para atacar.

Um dia ela deixou duas chupetas caírem no banheiro, e eu pensei que iríamos começar a reduzir o número de chupetas, mas sem perder tempo, ela me pediu que colocasse-as na máquina de lavar louça. Eu me peguei descrente.

Finalmente, eu bati o pé no chão e exigi que ela tirasse a chupeta da boca quando acordasse todas as manhãs. Mas, quando achei que tinha o controle da situação, descobri um tesouro de chupetas no canto da cama, debaixo das bonecas de princesa, bichos de pelúcia e travesseiros.

No final das contas, me lembrei de como eu mesmo entreguei a minha chupeta, e decidi tentar a mais simples das soluções. Então, mais tarde naquele dia, fui até Ava, ajoelhei-me, olhei profundamente em seus olhos, e expliquei que quando eu era bem pequeno, eu dei a minha chupeta para o meu pai. Então eu perguntei para ela: “O que você acha? É hora de você deixá-la também?”.

Depois de tantos artifícios, truques, e falsas promessas, ela disse que sim. Ela deixou a sua mãe pegar rapidamente todas as chupetas e nós nunca mais ouvimos uma palavra sobre isso.

Ava tem agora 6 anos, e tenho orgulho de dizer que ela não vai aparecer na faculdade com uma chupeta na boca. Na verdade, até mesmo no jardim da infância essa possibilidade está descartada.

Como pais, muitas vezes, tornamos nossa vida mais difícil, e fazemos um grande esforço para alcançar o resultado que desejamos, quando, na realidade, a resposta está bem diante de nós o tempo todo. Tudo o que a minha filha precisava era poder tomar a sua própria decisão.


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