Publicado em 15/09/2020, às 12h31 por Cinthia Jardim
Infecções de ouvido e garganta são coisas sérias e quem é pai ou mãe acaba sofrendo junto, a gente sabe. Como as crianças nem sempre conseguem expressar a dor com clareza, é muito importante ficar de olho quando algo parecer diferente ou fora das normalidades do dia a dia.
Na quarta-feira, 2 de setembro, a Pais&Filhos e o Hospital Paulista se juntaram para uma conversa sobre as principais cirurgias em ouvido, garganta e nariz nas crianças. Durante o bate-papo, com apresentação de Andressa Simonini, filha de Branca Helena e Igor, as otorrinolaringologistas Leila Ortiz, mãe de Lucas e Isabela, e Cristiane Mayra Adami, mãe de Mateus e Lucas, tiraram as principais dúvidas sobre o assunto.
Além de fazer um acompanhamento com o pediatra, procurar um especialista nunca é demais. Afinal, prevenir é melhor do que remediar. Algumas das principais indicações são quando as crianças “vivem no antibiótico mensal ou estão com alguma dificuldade auditiva por conta de infecções de repetição, roncando, com um sono muito agitado, sem se alimentar direito”, explica Leila Ortiz. “Tudo isso fala a favor de procurar um profissional. Tanto para diagnóstico, tratamento clínico (prevenção, processo inflamatório agudo, infeccioso) e tratamento cirúrgico. Isso é muito importante”, completa.
Uma das dores mais comuns nas crianças é a de ouvido. Sobre a infecção, Cristiane Adami explica que ela pode estar ligada à anatomia do rosto: “A face da criança é menor. Além disso, o canal do ouvido se comunica com o nariz e é nele onde crescem as adenoides, que são as famosas carnes esponjosas. Quando o nariz não vai bem, o ouvido também não vai. O nariz inflamado dissemina para a mesma mucosa do ouvido, e aí ele começa a sofrer”.
Quando o assunto são os tratamentos, Cristiane fala que a primeira opção são os clínicos e apenas em alguns casos os cirúrgicos: “Primeiro nós iremos tentar sempre o tratamento clínico. Usamos spray nasal com corticoide, antialérgico, medicações que atuam na imunidade e tratamentos imunoterápicos. Após esperar um tempinho, se houver falhas no tratamento, indicamos o cirúrgico”.
Para ficar de olho, Leila dá as principais dicas para identificar se a criança está com dor: “Ela irá falar com gestos ou atitudes. Por exemplo, uma criança pequena que não consegue sinalizar a garganta pode diminuir a ingesta de alimentos e líquidos, e mais facilmente pode aparecer a febre. Quando é um problema na adenoide, ela irá secretar o catarro pelo nariz, como se fosse uma sinusite. Quando é problema no ouvido, ela coloca a mão lá dentro”, concluiu.
Especial otorrino: tudo sobre as principais cirurgias em ouvido, garganta e nariz nas crianças
Em parceria com o @hospitalpaulista, estamos fazendo um bate-papo sobre as principais cirurgias e enfermidades das crianças, quando o assunto é ouvido, garganta e nariz. Tire suas dúvidas com a gente!
Posted by Revista Pais&Filhos on Wednesday, September 2, 2020
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