Publicado em 02/09/2023, às 07h22 por Sophia Dolores, filha de Lucineia e Nilo Júnior
Em uma inovação revolucionária, a inteligência artificial (IA) assume o papel de selecionar os espermatozoides mais promissores para o procedimento de fertilização in vitro (FIV). A clínica de fertilidade OMA Fertility, localizada nos Estados Unidos, está aplicando essa tecnologia com o objetivo de elevar a taxa de sucesso da FIV, que atualmente gira em torno de 35%, com variações de 5% a 60%.
Essa abordagem não apenas amplia as probabilidades de concepção e realiza o sonho da gravidez, mas também traz benefícios financeiros, uma vez que reduz a necessidade de ciclos repetidos para alcançar a gestação. Em média, casais costumam passar por três ciclos de FIV para alcançar a gravidez desejada.
O algoritmo foi desenvolvido com base na análise do esperma de mil homens em todo o território norte-americano. Cientistas treinaram a tecnologia para avaliar o material e classificar os gametas com base em dois critérios: forma e habilidade de locomoção. Um espermatozoide saudável apresenta uma cabeça lisa e oval e é capaz de se mover rapidamente em linha reta.
De acordo com a OMA, apenas 4% dos espermatozoides são considerados adequados em uma amostra típica. Graças ao microscópio equipado com Inteligência Artificial, é possível analisar 20 vezes mais gametas. Após a análise, a tecnologia destaca com um quadrado verde os espermatozoides ideais para a fertilização.
A empresa divulgou em abril uma nota destacando o sucesso dessa inovadora técnica. No comunicado, mencionou “taxas de criação de embriões acima da média, oito vezes maiores para mulheres com menos de 35 anos e 15 vezes maiores para aquelas com 42 anos ou mais, aumentando consideravelmente as chances de uma gravidez bem-sucedida”.
Vale lembrar que a taxa de criação de embriões se refere ao sucesso da fecundação em laboratório e não garante diretamente o êxito na gravidez, uma vez que depende da inserção bem-sucedida dos embriões na mulher, sua sobrevivência e o desenvolvimento da gestação. No entanto, os responsáveis pela tecnologia asseguram que os resultados finais também têm demonstrado sucesso superior à média obtida com técnicas convencionais.
Um novo algoritmo, que pretende estipular quais meninas tem mais probabilidade de engravidar na adolescência, tem dado o que falar na Argentina. Tudo começou em 2018, quando o Ministério da Primeira Infância da província de Salta e a empresa de tecnologia Microsoft apresentaram a inteligência artificial.
O algoritmo, que chama “Plataforma Tecnológica para Intervenção Social”, foi criado para desenvolver as probabilidades em cima de dados demográficos que incluem idade, etnia, deficiência, país de origem e até mesmo se a casa tem ou não água quente no banheiro. Para coletar esses dados, segundo informações do site Wired, “agentes territoriais” visitaram casas das meninas e mulheres em questão. Para a pesquisa, eles fizeram perguntas, usaram o GPS, tiraram fotos e fizeram registros dos locais. A maior parte das jovens consultadas eram imigrantes de países vizinhos ou de etnias indígenas locais.
O algoritmo chegou a ser anunciado em rede nacional, mas o governo não divulgou detalhes de como ele operava o que acontecia com as pessoas identificadas como mães em potencial. Agora, os dados de coleta de informações estão aos poucos começando a serem revelados.
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