Publicado em 20/12/2021, às 08h24 por Redação Pais&Filhos
A astrônoma alemã Karina Voggel descobriu a existência do par de buracos negros supermassivos mais próximos da Terra já identificado pela ciência no início de dezembro. Ao longo da sua jornada acadêmica, a jovem se apaixonou pelos misteriosos buracos negros, conhecidos também como devoradores de estrelas ou planetas, uma vez que todo planeta é uma estrela.
Buracos negros supermassivos geralmente estão no centro das galáxias. Quando se encontra um par deles, é um sinal de que aquela galáxia pode ser, na verdade, o produto da fusão de outras duas, o que torna a descoberta ainda mais enriquecedora para os pesquisadores da área.
Em sua análise, Karina comprova que a galáxia nomeada de NGC 7727, na constelação de Aquário, está a “apenas” 89 milhões de anos luz. Antes da conquista de Voggel, o par de buracos negros supermassivos mais próximos da Terra estava a 470 milhões de anos-luz.
Em entrevista a Tilt, ela explica que o tempo de vida da Terra e o tempo de vida do Universo são completamente diferentes. “Na astronomia, alguns milhões de anos são um tempo curto. Mas os humanos vivem 80, 90 anos em média. Não temos como seguir um único buraco negro e acompanhar todo seu ciclo de vida. Então a ciência mapeia diversos buracos negros para serem observados em diferentes estágios, tentando elaborar uma linha do tempo de como é a evolução”, afirma.
A alemã identificou os objetos em 2018, e para ter certeza dos detalhes que havia descoberto, ela solicitou o uso do VLT, sigla em inglês para “telescópio muito grande”, um equipamento pertencente ao Observatório Europeu do Sul instalado no deserto do Atacama, no Chile para assim, poder comprovar seus estudos e publicar seu artigo científico, tendo de esperar três anos e meio.
Nas imagens feitas da galáxia NGC 7727, a estrutura não apresenta definição, o que comprova que a fusão que deu origem ao par foi “recente”, há apenas alguns bilhões de anos. “Pode-se chamar de uma descoberta feita com um pouco de sorte”, afirmou.
A jovem fez seu mestrado na Universidade de Heidelberg, e obteve o título de PhD em Munique, numa instituição parceira do Observatório Europeu do Sul. Fez também um pós-doutorado nos EUA, na Universidade de Utah, onde passou a estudar mais de perto os buracos negros e desenvolveu a paixão que tem até hoje.
A Tilt, Karina relatou os comentários indelicados de colegas de trabalho homens, que não credibilizam seu trabalho apenas por ser mulher. “O que eu posso fazer? Não é como se eu pudesse mudar de gênero para ser mais bem recebida. Só porque meu nome é Karina e não Matthias, o olhar que me dirigem é diferente”, finaliza.
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