Publicado em 30/11/2021, às 18h13 por Redação Pais&Filhos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta terça-feira, dia 30 de novembro, os dois primeiros casos da variante ômicron no Brasil. De acordo com a secretaria estadual de Saúde de São Paulo e pelo Ministério da Saúde, o casal brasileiro, que partiu da África do Sul e pousou no aeroporto internacional de Congonhas no dia 23 de novembro, não recebeu a vacina contra a Covid-19.
Ainda segundo as autoridades, não há registro do homem de 41 anos e da mulher de 37 na plataforma VaciVida. “Nós não temos essa informação [sobre terem sido vacinados ou não] diretamente deles. Nos canais locais do governo brasileiro e do estado, não constam como vacinados”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo.
No dia que o casal de brasileiros desembarcou no aeroporto internacional de Guarulhos, ambos apresentaram o resultado do exame de RT-PCR negativos. Segundo a Anvisa, a testagem foi realizada porque ele havia chegado da África do Sul, país em que a variante foi descoberta. Porém, como ambos os infectados tinham a intenção de voltar ao país, acabaram procurando fazer novo teste no dia 25 de novembro, quando foram diagnosticados com a nova variante.
“Diante dos resultados positivos, o laboratório Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras. O laboratório notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético no dia 29/11 e, na data de hoje, 30/11, informou que, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2”, afirmou a Anvisa em nota.
Na sexta-feira, dia 26 de novembro, a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou detalhes sobre a nova cepa do SARS-CoV-2, que batizou de ômicron, descoberta originalmente na África do Sul há cerca de duas semanas. Recentemente, essa nova variante se tornou motivo cada vez maior de preocupação por parte dos cientistas.
De acordo com eles, a ômicron surpreendeu os pesquisadores devido à quantidade de mutações que essa cepa apresenta, oito vezes maior do que as demais outras já identificadas e classificadas.
A explicação dos cientistas para o número inédito é a de que, pelo fato de apenas 7% dos habitantes do continente africano estarem totalmente vacinados, a disseminação e surgimento do vírus são facilitadas. “Surgem mutações nos vírus o tempo inteiro. As variantes que conseguem se disseminar são aquelas que tem uma capacidade maior de replicação e tem uma vantagem adaptativa. Os locais com baixos níveis de vacinação são locais mais propícios para o surgimento de novas variantes.”, afirma o infectologista Dr. Gerson Salvador, pai de Laura, Lucas e Luís.
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