Publicado em 30/03/2021, às 15h37 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Na manhã da última sexta-feira, 26 de março, o Instituto Butantan falou sobre a criação de uma nova vacina contra a covid-19, chamada ButanVac, durante uma coletiva de imprensa. O imunizante é o primeiro desenvolvido de maneira integralmente nacional e possui expectativas bastante positivas para a pandemia.
Apesar de ainda estar na fase de testes, João Doria, governador do estado de São Paulo, chegou a comentar sobre a possibilidade de ter 40 milhões de doses a partir de julho. Mas, vale lembrar que o imunizante precisa passar pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a realização dos estudos clínicos.
Pensando também nas novas variantes, a Butanvac atua no combate à P.1, que surgiu em Manaus. A tecnologia é bastante semelhante à vacina contra a gripe, o que a torna bem diferente dos outros imunizantes disponíveis no mercado. A Pais&Filhos conversou com alguns especialista, para esclarecer o que se sabe até o momento sobre a vacina. Confira abaixo:
Para o Dr. Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, ter uma vacina de produção nacional tem diversas vantagens durante a pandemia. A primeira dela é que está sendo realizada nos mesmos moldes da CoronaVace da vacina da gripe. “Então, o Butantan já tem uma experiência gigantesca com essa formulação de vacina, não é nada novo para eles”, explica.
Outro ponto importante levantado pelo infectologista é que a Butanvac é feita a partir do ovo galado, no qual o Brasil já compra de produtores nacionais para fazer a vacina da gripe. “Isso dá uma independência muito grande para o Butantan e também para o país”. Em terceiro lugar, mas não menos importante, é que o imunizante também foi pensando nas variantes, principalmente na cepa P.1, que é predominante no Brasil. “As outras vacinas existentes também pegam o P1, mas com uma eficiência muito menor. Se forem comprovados os dados nas pesquisas que temos, vai ser uma vacina bastante voltada para a cepa que predomina no Brasil”, comemora o médico.
A Dra. Melissa Palmeiri, pediatra com especialização em infectologia, coordenadora médica de vacinas do Grupo Pardini, e filha de Antônio Carlos e Maria, comenta que o processo pode ser facilitado sim, além de destravar investimentos e uma organização focada na valorização científica de instituições públicas, pesquisadores, entre outros. “Isso é essencial no nosso país e garante um parque industrial focado em vacinas para serem desenvolvidas agora e até no futuro”.
Além disso, há o benefício do uso dos insumos nacionais. “Quando a tecnologia é nossa também facilita muito, pois é possível fazer as vacinas com mais rapidez. O Butantan está imaginando que, se for aprovada até a fase 3, ainda em 2021 será possível a distribuição dessa vacina. Então, são coisas fantásticas. São vacinas adicionais acrescentadas em tudo o que o Brasil está comprando ou produzindo”, completa o infectologista.
Até o momento, o Instituto Butantan não confirmou quantas doses serão necessárias para garantir a imunização da população. Mas, Dimas Covas, diretor do Instituto, informou que o imunizante possui um grande potencial de proteger com apenas uma dose. “É uma possibilidade. O fato de você ter uma melhor resposta imunológica permite utilizar apenas uma dose”. Vale lembrar que ainda será necessário a realização de testes para se saber ao certo a quantidade.
O médico infectologista Eder Gatti, pai de Vicente e Isabel, comenta que os testes necessários para regulamentar uma vacina, ou seja, as fases necessárias, são as mesmas que qualquer outra agência reguladora no mundo. “A vacina, pelo que temos acompanhado, já passou pelos estudos pré-clínicos, que são os testes em animais e agora tem autorização para fazer os estudos em seres humanos. Mas, vale lembrar que é necessário passar por todas as etapas, fase 1, 2 e 3, que vão avaliar primeiramente dose e imunogenicidade, para depois checar segurança e eficácia. Então, a vacina vai ter que passar por essas etapas para garantir, de fato, que o produto funciona e é seguro”.
Apesar da Butanvac usar o vetor viral da proteína Spike do coronavírus, modificado geneticamente, a produção da vacina irá acontecer da mesma maneira em que se faz o imunizante contra a influenza. Um dos maiores benefícios é a simplicidade em relação as outras vacinas, uma vez que as demais precisam de uma maior tecnologia. Além disso, existe também o fator de um custo mais baixo, pois os insumos não irão precisar vir de outros países.
Ainda será necessário a realização da pesquisa clínica para fazer a afirmação. Mas, o o Dr. Celso Granato está bastante confiante sobre a possibilidade: “Se for uma vacina segura e eficiente, vai se abaixar a faixa etária. Até porque com essa nova variante, estamos pegando casos de pessoas mais jovens com a doença. Vai ser importante utilizar essa vacina aquém dos 16 anos de idade”.
No caso das grávidas, o médico complementa dizendo que por ser uma vacina bastante semelhante com a da gripe, existe também uma possibilidade de uso. “Temos preocupações das vacinas contra a covid-19no modelo novo: Astrazeneca, Pfizer e Moderna, que são princípios de imunizantes novos e que nós nunca usamos para grávidas. Mas, essa vacina por ser do modelo semelhante ao da gripe, em princípio poderia ser usado, porém é preciso ser experimentado”, conclui.
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