Publicado em 17/03/2021, às 14h24 por Redação Pais&Filhos
Julia Fulkerson, de 102 anos, participou da aula virtual de ginástica do bisneto de seis anos Brody Contreras, depois de quase um ano separada da família por conta da pandemia. O encontro aconteceu só depois que todos os familiares tomaram a vacina e, então, Julia conseguiu reencontrar seu bisneto em segurança. O vídeo dos dois dançando e fazendo os exercícios viralizou na internet e mostrou para todos que não há idade para a diversão.
No vídeo, que você pode conferir clicando aqui, Julia aparece dançando em sua sala de estar ao lado do bisneto e animação é o que não falta. Mesmo já sendo de idade, a Sra. Fulkerson mostra todos os seus passos de dança e irradia energia. Quem filmou foi a mãe do menino, Angela Groch, que disse ao telejornal norte-americano Wave 3 News que estava morrendo de rir enquanto gravava o vídeo e descreveu o momento como “super surreal”.
“Esta foi a primeira vez que pudemos realmente passar algum tempo com eles por causa da pandemia, porque agora podemos estar seguros. Fico muito feliz por ter trazido tanta alegria, porque trouxe para nós, e eu sabia como era especial. Íamos apresentá-la à aula de Brody… mas ela chegou antes de nós e se aproximou durante a Educação Física e apenas se juntou a nós!” disse Angela.
Na gravação, a senhora aparece levantando do sofá toda animada e começa a dançar. “A bisavó estava dançando e fazendo exercícios de educação física”, lembra Brody, que é o bisneto e atualmente está na primeira série.
Segundo a filha da senhora de 102 anos, Kim Contrearas, a mãe sempre está nesse humor positivo e isso poderia ter mudado depois do acidente vascular cerebral que teve, mas ela fica feliz que Julia continue sendo uma pessoa feliz. A alegre bisavó mora na cidade de Ajo, no Arizona, nos Estados Unidos, e sofreu um derrame recentemente, do qual já está recuperada. Um exemplo de que nunca é tarde para aproveitar a vida e se divertir com a família!
Segundo Débora Corigliano, neuropsicopedagoga e mãe de Bruno e Giovanna, o papel dos avós e bisavós é complementar de forma muito acolhedora e afetiva a função dos pais, apesar de não serem protagonistas na educação dos netos. “Alguns pais se queixam que os avós estragam os netos com seus mimos, pois a responsabilidade da educação é somente deles. Mas os avós acabam apenas complementando a educação, e essa dose de harmonia e comprometimento é importante também para o desenvolvimento emocional da criança” diz Débora.
A importância deles vai além do afeto. Quando a criança convive com os avós e bisavós, pode ter algo que os pais não oferecem: a experiência de alguém que já passou por todas as fases da maternidade. Por terem mais disponibilidade e conhecimento, eles passam para as crianças muito mais experiências de vida do que os pais no dia a dia, e mantêm as lembranças da família ativas. “Com o tempo, as memórias de uma família vão se perdendo. Antigamente contava-se muito as informações familiares, e hoje essa é uma função dos avós. Eles fortalecem as histórias da família, contando sobre a infância dos pais da criança e como era no passado”, pontua a neuropsicopedagoga.
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