Publicado em 25/03/2021, às 10h57 - Atualizado às 11h05 por Camila Montino
Em Villarrica, no Chile, um bebê de seis meses, recebeu por engano uma dose da vacina da covid-19. O caso aconteceu após a criança ir ao hospital no centro da cidade para tomar as vacinas de rotina, quando a enfermeira aplicou por engano uma dose da CoronaVac.
De acordo com a mãe do bebê, o engano pode ter acontecido pro conta das diferentes vacinas estarem armazenadas juntas na mesma geladeira. Após o ocorrido família denunciou a enfermeira e notificou o Secretaria Regional de Saúde. “Notificamos o Ministédio da Saúde e todas as instituições necessárias para realizar as investigações correspondentes. Estamos preocupados com a saúde da criança e estamos monitorando a evolução”, disse Glória a emissora La Tercera.
As autoridades já tomaram as medidas de controle e observação da criança. “Estamos muito preocupados com a saúde da menina, que não teve consequências graves até o momento, mas a equipe municipal de saúde continuará acompanhando a menina em casa”, ressaltou a Secretaria Regional de Saúde
No Chile, os imunizantes contra o coronavírus estão liberadas apenas pessoas acima de 16 anos porque os testes clínicos foram todos realizados com adultos e não se sabe o efeito colateral que poderiam causar em crianças mais novas.
O primeiro bebê com anticorpos da Covid-19 nos Estados Unidos registrado nasceu na Flórida. A informação foi divulgada em um artigo científico escrito pelos médicos Paul Gilber e Chad Rudnick diz que a mãe trabalha na linha de frente em combate à doença e recebeu a primeira dose da vacina da Moderna em janeiro de 2021.
Três semanas após a imunização da grávida, nasceu uma menina, que foi descrita pelos médicos como saudável. Segundo a dupla, a vacinação de gestantes contra doenças como gripe e difteria também garantem a proteção de recém-nascidos. Isso se dá através da passagem dos anticorpos pela placenta.
“Proteção similar aos recém-nascidos seria esperada após a vacinação da mãe contra a doença. Há uma urgente e significante necessidade de pesquisas sobre segurança e eficácia da vacinação contra a Covid-19 durante a gravidez”, disseram os médicos, que pediram a outros pesquisadores para realizarem estudos com registros de imunização indireta pela gravidez e amamentação.
As vacinas contra gripe e difteria já têm eficácia comprovada quando se trata da imunização indireta de bebês. No entanto, as informações ainda são escassas no caso da Covid-19. Inclusive, no estudo os autores declaram que ainda não sabem o grau de proteção ou mesmo a quantidade de anticorpos que um bebê precisa para desenvolver imunidade do novo coronavírus.
Felizmente, esse não é a primeira pesquisa que aponta a proteção de bebês através da vacinação materna. Um estudo israelense, publicado na terça-feira, 16 de março, também apontou a presença de anticorpos via placenta em mulheres que tomaram a vacina da Pfizer/BioNTech.
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