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Coronavac: testes preliminares apontam que a vacina é segura para crianças e adolescentes

Coronavac é segura para crianças e adolescentes, aponta estudo preliminar - Freepick
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Publicado em 22/03/2021, às 15h09 - Atualizado em 23/03/2021, às 15h28 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


De acordo com os resultados dos testes em fases iniciais divulgados nesta segunda-feira, 22 de março, a vacina Coronavac, da Sinovac Biotech, é segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes. Os dados preliminares vieram de testes clínicos feitos com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos, que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo.

Segundo informações do Dr. Andre Laranjeira de Carvalho, Pediatra do Hospital Albert Einstein, pai de Sofia e Manuela, a eficácia da vacina só pode ser comprovada na terceira fase de estudos, quando os voluntários são imunizados em grande escala. “Os resultados que a Cinovac anunciou hoje na China, podem até trazer esperança de que as crianças possam ser vacinadas, mas enquanto não forem testadas em longa escala — que seria a fase 3 dos estudos — não é possível afirmar que a vacina será aplicada em crianças, porque depende dessa última fase para avaliar se houve diferença na contaminação dos grupos que tomou a vacina dos grupos que tomou o placebo”, disse à Pais&Filhos.

Coronavac é segura para crianças e adolescentes, aponta estudo preliminar (Foto: Freepick)

De acordo com Zeng Gang, pesquisador da Sinovac, as crianças não tiveram muitas reações adversas à vacina e aquelas que tiveram exibiram sintomas leves. Duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, segundo o especialista, que não quis apresentar mais detalhes, como informado pelo portal G1.

O pesquisador disse, ainda, que os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina CoronaVac em crianças foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas. A dose menor da vacina foi suficiente para induzir reações de anticorpos favoráveis para crianças de 3 a 11 anos. Já para jovens de 11 a 17 anos, a dose média funcionou melhor. “O adulto já tem um sistema imune robusto e experimentado para várias infecções. Se a criança responde de maneira fraca a uma dose menor da vacina, é necessário usar uma medida maior ou mais de um reforço para ter uma resposta imune que um adulto teria. Por isso são feitas várias doses, para ter um resultado duradouro”, diz Dr. André.

Outro motivo para a diferença da dose aplicada durante os testes, é de que a quantidade do imunizante deve mudar entre crianças e adolescentes.  “Não existe diferença entre a vacina feita em crianças e adolescentes. É a mesma vacina, mas a quantidade do agente imunizante é diferente, por isso que os pesquisadores estão fazendo esses testes com doses pequenas e doses maiores”, explica o especialista.

O pediatra ainda esclarece que a diferença da quantidade aplicada ajuda a saber quantas doses serão necessárias em cada faixa etária. “Eles ainda não estudaram os menores de três anos, provavelmente porque estão respeitando uma questão ética e de segurança avaliando como as crianças acima dessa idade vão reagir. Depois que é comprovado a segurança dos efeitos colaterais e a resposta imunológica, na fase 3 os pesquisadores vão conseguir avaliar de maneira completa como reage cada faixa etária. Se os menores vão ter uma produção de anticorpos maior do que os adolescentes, por exemplo. Então, é possível estabelecer se os menores de três, quatro e cinco anos recebem uma ou duas doses, como já vem sendo feito no adulto”.

O que sabemos até agora sobre a vacina em crianças e adolescentes

Os dados preliminares ainda não foram publicados em revistas especializadas, nem analisados pela comunidade científica.  Os testes de estágio avançado da Sinovac no exterior ainda não incluíram menores de idade. Além do estudo feito com crianças e adolescentes, o laboratório também está realizando alguns testes de uma terceira dose de reforço da vacina, na China.

Até o momento, justamente pela falta dos estudos que comprovem a segurança e eficácia da vacinação em crianças e adolescentes, esse grupo não pode receber a vacina da Covid-19. Esses novos testes vêm justamente para entender melhor como o organismo de pessoas menores de 18 anos reage ao imunizante e, caso os resultados continuem positivos até o final da pesquisa, eles poderão ser atendidos no plano de vacinação no futuro.  “Como sabemos que esses estudos são mais demorados, podemos estipular que eles se começarem no próximo mês (que seria abril), até o meio do ano a gente tem a análise desses dados. Então, no segundo semestre, pode ter uma ponta de esperança de que tenha vacinas disponíveis para as crianças. Mas, reforço: nada garantido”.


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