Publicado em 26/07/2023, às 07h24 - Atualizado às 07h31 por Mayara Neudl, Estagiária | Filha de Lidia e Rogerio
Na quinta-feira, 20 de julho, dois irmãos de 6 e 9 anos de idade pularam do segundo andar em um prédio no bairro de Recreio das Acácias, na zona sul de Ribeirão Preto, em São Paulo, após a chegada do Conselho Tutelar que foi acionado pelos vizinhos.
O órgão que compareceu ao local investigará como a assistente social, Marlene Colombo, agiu ao abordar as duas crianças. A conduta da funcionária pública será analisada para apurar se fugiu ao padrão do Conselho.
O Conselho Tutelar de Ribeirão Preto afirmou que não é um órgão policialesco que captura crianças: “Mas sim um órgão de defesa de direito de crianças e adolescentes e auxílio de suas famílias”, disse em nota.
“E, por isso, pede desculpas para toda a sociedade em razão do atendimento falho e incomum ocorrido”, continuou. As falhas que teriam sido cometidas por Marlene não foram detalhadas.
A assistente social não se manifestará sobre a apuração do órgão até ser notificada pelo mesmo, ou então pelo Ministério Público de São Paulo, como disse para o Metrópoles.
Geslaine Thomaz Castilho, a mãe dos meninos, saiu para trabalhar e deixou os filhos sozinhos porque não tinha com quem os deixar. A denúncia foi feita por maus-tratos, violência doméstica e cárcere privado.
Marlene Colombo, a assistente social, disse que tudo o que foram apurar foi constatado, e que as crianças estavam trancadas dentro do apartamento. “As crianças estavam em cárcere privado”, ela relatou para a EPTV.
A mulher ainda falou que não percebeu que os irmãos tinham a intenção de pular, enquanto falava com eles. “Eu acredito que as crianças se assustaram porque temos a informação de que a própria mãe já as amedrontava dizendo que ia entregá-las para o Conselho. Acho que foi aí que, de alguma forma, eles acharam que iam ser levados”, contou.
Agora a mãe relata que perdeu a guarda dos filhos temporariamente e que eles estão morando em um abrigo. Em entrevista ao Metrópoles, Geslaine Tomaz Castilho afirma que está desesperada com a situação de sua família.
“A vontade que eu tenho é de morrer. Eles eram meu motivo para fazer as coisas”, desabafou ao Portal. Após pularem do segundo andar do apartamento onde moravam, os meninos ficaram internados em um hospital de Ribeirão Preto, mas já receberam alta hospitalar.
A mulher prestou depoimento à polícia e disse que deixou os filhos sozinhos em casa, pois ela precisava trabalhar. “Eu preciso deixá-los em casa, senão não temos o que comer. Eu não sei o que aconteceu. Eu corrijo sim os meus filhos. Mas isso de agressão não é verdade. Eles caíram de um prédio”, contou a mãe.
Além disso, Geslaine afirmou que tentou pedir ajuda do Conselho Tutelar várias vezes. Ela disse que conhece a assistente social que trabalhou no caso dos filhos: “Queria que meus dois filhos estudassem na escola Anísio Teixeira, que tem reforço à tarde. De tantas vezes que eu ia no Conselho Tutelar, fiquei conhecendo ela. Ela me negava. Me humilhava. Ela falava que tinha 4 mil pessoas na minha frente e que não podia fazer nada. Eu já chorei muito na mesa dela falando ‘pelo amor de Deus’”.
A responsável do Conselho Tutelar também afirmou que eles têm marcas de violência pelo corpo e, por isso, passaram por um exame de corpo de delito. “A conselheira observou que a casa tinha higiene precária e que havia pouca alimentação”, informou a delegada Patrícia de Mariane Buldo, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
O pai das crianças mora em Santa Catarina e ele e Gislaine são divorciados. O Conselho Tutelar deve acioná-lo para acolher os meninos que, enquanto isso, ficarão sob a guarda de uma tia provisoriamente.
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