Publicado em 20/04/2022, às 08h20 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo
O cartunista Arnaldo Angeli Filho, de 65 anos, anunciou nesta quarta-feira, 20 de abril, que vai se aposentar, após receber o diagnóstico de afasia, a mesma doença que fez com que Bruce Willis também parasse a carreira. Argeli é pai de Sofia Angeli e Pedro Angeli.
A afasia é uma condição neurológica que afeta a comunicação e que pode ser causada por diversos fatores, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumas na cabeça e tumores. De acordo com o dr. Daniel Isoni Martins, coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Vila da Serra e pai de Maria Luisa e Isabela, existem basicamente três tipos de afasia: de Broca, de Wernicke, e a de Progressão Primária.
Neste tipo de afasia, o paciente perde a capacidade de se expressar. Os principais sintomas são dificuldade ou incapacidade de formular frases longas, criar frases que não fazem sentido, inventar palavras, não conseguir falar frases completas – ou seja, não consegue articular e organizar a fala para que ela saia de maneira adequada.
Aqui, a condição afeta o entendimento do paciente, levando à perda da capacidade de interpretar o que está sendo dito a ele. Com isso, ele pode responder de maneira errada uma pergunta feita a ele, formar frases sem sentido, bem como não conseguir repetir frases ditas anteriormente.
Além delas, outro tipo conhecido do distúrbio é a Afasia Progressiva Primária (APP), caracterizada por um quadro de demência progressiva que compromete a linguagem de diversas maneira. “É progressiva e, muitas das vezes, a causa é indefinida na literatura”, explica o dr. Beny Schmidt, médico patologista neuromuscular e neurologista, pai de Anita, Marco e Jacqueline. Existem quatro tipos de APP:
Vale lembrar ainda que os quatro tipos de afasias são degenerativas e chamadas de primárias, mas, segundo o médico especialista, existem também as secundárias, ou seja, causadas por traumatismos, acidentes vasculares, entre outras. “Nas afasias primárias progressivas, existe perda de neurônios do córtex frontal inferior e temporal. Portanto, são chamadas de afasias frontotemporais”, comenta.
Em alguns casos, as afasias também podem ser desencadeadas por fatores emocionais, por isso, seja qual for a condição, é muito importante que o paciente tenha acompanhamento psicológico, fonoaudiológico e neurológico concomitante. “Dessa maneira, é possível prolongar a fala das pessoas e manter a qualidade de vida com exercícios de reabilitação”. Outro tipo de afasia, apesar de ser considerada bastante grave, é a amusia. Nesta condição, a pessoa perde a capacidade de cantar. “Todas as afasias são raras, mas esta é mais rara ainda”, explica o médico neurologista.
Segundo o Dr. Beny, é muito importante que a APP e o Alzheimer não sejam confundidos. O segundo é bem definido tanto clinicamente, quanto anatopatologicamente. “Na afasia, a pessoa apresenta comprometimento da fala e pode apresentar fraquezas musculares, nos casos mais graves e nos mais idosos. Portanto, este sintoma de fraqueza às vezes é confundido. As lesões no cérebro causadas pelo Alzheimer são diferentes das lesões caudadas por afasia”, comenta.
“As consequências podem ser devastadoras. A incapacidade de entender o que está ao seu redor, o que está sendo dito, ou a dificuldade de se expressar por meio da fala ou da escrita praticamente interrompe o ser humano de sua existência. É extremamente complicado”, conta o dr. Daniel.
O tratamento para a condição depende de qual foi a causa da afasia. “No caso de AVC’s, quando os sintomas são súbitos, a melhor coisa é correr para o hospital. Hoje temos medicações muito específicas que ajudam a desentupir um vaso, fazer cateterismos e puxar o coágulo que entope a artéria”, orienta Isoni.
“Se um tumor for o responsável pela afasia, é necessário operá-lo. Em caso de quadros infecciosos, é preciso definir se a causa foi um vírus ou uma bactéria. Já a APP infelizmente não possui tratamento específico direcionado. O que fazemos normalmente é trabalhar a parte cognitiva do cérebro em associação com fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, neuropsicólogos – todos eles definem qual o tipo de afasia, as outras dificuldades que o paciente apresenta e traçam um plano de recuperação do cérebro”.
“Na maior parte das vezes, esse tipo de tratamento serve para frear a evolução da doença. Como a APP é uma condição progressiva, grave e sem tratamento, é difícil o paciente melhorar, mas sem dúvida o trabalho em conjunto desses profissionais estimulam o cérebro e reduzem o impacto dela no dia a dia, diminuem a velocidade em que a afasia avança”.
Sim, podem. Mas, vale lembrar que os casos de afasia nas crianças costumam ser mais graves do que nos adultos e comprometem, muitas das vezes, a consciência e inteligência do paciente. “Em casos mais extremos, podemos ter idiotia (condição que afeta o desenvolvimento) acompanhada da afasia”.
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