Publicado em 14/04/2022, às 14h10 - Atualizado em 06/05/2022, às 09h45 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
Nesta quinta-feira, 16 de abril, a Pais&Filhos teve mais uma conversa muito importante. Em parceria com a Mynd, o papo contou com a presença de Laura Gama, fotógrafa, influencer e mãe de Lavínia, de 3 anos de idade e com Raka Minelli, também influenciadora e mãe de Davi e Joaquim.
Para dar a partida na conversa, Laura contou como foi a decisão de se divorciar. “Eu fui casada com a Camila, minha ex-mulher, durante 6 anos e meio. É muito difícil tomar a decisão, ainda mais quanto tem uma criança no meio. Antes de decidir ter um filho, a gente falou muito sobre isso – se um dia a gente se separasse. Nós somos duas mães, como vai ser isso? Então foi um processo feito com muito cuidado para nós duas e por nós duas – ela ainda é uma pessoa muito importante na minha vida, além de ser mãe da minha filha”.
Raka também falou da própria separação. “Eu jamais imaginava querer me separar quando casei. Por mais conturbada que fosse a minha relação, eu imaginava aquela família perfeita. Eu prezava muito pela minha felicidade, e eu estava infeliz. Não adianta, para as crianças, não é justo você manter uma casa com pais infelizes ao invés de divorciados. Infelizmente a minha relação não é muito boa, é bem conturbada com o pai do meu filho. E é muito fácil para o pai, desculpa gente, mas é muito fácil. A mãe é criticada e julgada”.
Apesar de dois contextos diferentes, as duas possuem um ponto em comum: a saúde mental do filho. Mas, como abordar esse assunto com a criança?
Laura disse, “A partir do momento em que decidimos que não éramos mais um casal, Lavínia estava para fazer dois anos. Então ela não entendia muito bem. O que ela precisava saber é que ela teria duas casas a partir de algum momento. Mas pela Lavínia e por mim também, para que eu pudesse me adaptar, eu me mantive morando com a Camila por alguns meses. Então a gente foi inserindo algumas informações para que ela se sentisse em casa. Isso tudo ainda no meio da minha dor, do fim de um relacionamento de anos e anos. Eu fazia terapia na época, e a psicóloga falava que era um luto. Então eu tentava lidar da melhor maneira possível com a minha perda, e ir mostrando da melhor maneira possível. Ninguém casa querendo separar”.
“Não foi a separação em si, o que me doeu foi não poder fazer as coisas que ele estava fazendo porque eu estava com um filho!”, relembra Raka. “Meu baque era esse. Eu precisava fazer tudo sozinha. Porque eu acho que é isso: cada um com a sua vida, mas a convivência saudável. Mas quando a relação é não é boa, existem conflitos muitos difíceis de conciliar”.
E ainda completou, “Eu sempre converso com o meu filho. Eu contava que ele tinha duas casas e tal. E também entrei na Justiça para me resguardar, ainda mais por causa da relação complicada. Mas depois que se adaptou, o Davi contava que tinha duas casas, dois quartos. Ele é bem de boa, mesmo que algumas situações respinguem nele. Mas conversamos muito, eu falo: ‘Filho, papai te ama demais!'”.
“Minhas seguidoras falavam que eu não tinha que deixar o meu ex-marido ver meu filho. Mas entrei na Justiça justamente pelo contrário: para que ele visse o filho! Porque é importante ele ver, crescer e tudo mais”, contou ainda Raka.
Raka é casada pela segunda vez, e contou como foi para o Davi a chegada de um novo homem. “Com o Dani foi tão leve, incrível, uma relação tão profunda. É óbvio que foi um processo de escadinha, porque o Daniel nunca tinha tido a experiência de filho, morar com uma criança. Fora a questão de até onde pode ir. Eu tinha que ter duas tolerâncias: com o meu filho e o meu novo companheiro. Então tentei fazer isso da forma mais leve, e o Daniel foi aprendendo aos poucos. Óbvio que não me separei pensando em encontrar outra pessoa – porque a prioridade é o meu filho, e se o homem não se entende com ele, tchau! E Daniel sempre foi muito compreensivo, sempre me apoiou e sempre cuidou muito bem do Davi. Falo que o Daniel é o pai de coração”.
Laura ainda falou sobre a guarda da filha. “A gente nunca chegou a ir para a Justiça. Porque desde o início a gente buscou apaziguar as coisas. Fomos sentindo o que precisávamos. Por exemplo, no começo ela amamentava – então a Lavínia passava o dia comigo e ia dormir com a Camila. Foi tudo muito conversado, a gente vinha sentindo como ela se comportava, tinha dias que ela nem queria vir para cá. A partir do momento que ela começou a dormir comigo, só eu sei a luta que foi – porque não tinha o peito para dar, só o colo. Quantas noites eu passei ninando ela duas horas, para ela dormir e acordar e colo de novo. Mas a gente se entendeu, e dormimos juntas até hoje. Tanto que, quando a Camila parou de mamar, ela pediu dicas para mim. Foi tudo muito gradual, pensando em fazer da melhor maneira para Lavínia. E foi isso – a gente queria viver a nossa vida, a gente se separou, queria sair com os amigos e tudo mais. Quando a gente é mãe, a gente se perde na maternidade. Então quando pensamos na guarda compartilhada, quisemos pensar nesses momentos só nossos”.
Raka, sobre isso, comentou, “Quando eu decidi me separar, é porque eu não me enxergava como mulher. Eu podia manter uma relação com a barriga, como muitas pessoas fazem, mas eu sabia que era nova e precisava ser feliz. E a maternidade que me deu essa coragem, uma força que eu jamais imaginava em ter. Então quando eu me separei eu só queria ter o meu tempo, porque a maternidade é muito desgastante e eu merecia um tempo para mim! Foi a primeira vez que eu pude ser feliz comigo mesma. Foi uma fase que às vezes precisamos passar para ter uma estabilidade no futuro”.
“A gente aprende o que não vai querer mais, né? O que a gente quer daqui para frente, não sabemos, mas agora sei o que não quero mais”, relembra Laura. “Eu conheci a minha ex-mulher eu tinha 19 anos. Eu nem sabia mais como ser só eu. Quando a gente se relaciona, a gente prioriza tanto a própria relação que se afasta de outras que são tão importantes quanto – e isso é difícil. Então quando eu terminei, eu pensei ‘Quem sou eu?’. Eu estava muito perdida, mas com muita vontade de me conhecer e me reconstruir. Ser mãe me transformou muito. Sempre fui muito calma, muito passiva, e depois que me tornei mãe eu me transformei de um jeito que eu falo e me posiciono mesmo! E coloquei na minha vida que eu quero viver as coisas, e tenho poder de vivê-las. Foi transformador. Porque minha vida durante muitos anos foi uma, e eu tive que me reconstruir de novo”.
“As pessoas precisam entender que elas não precisam se forçar a estar em uma relação ruim por causa da família. Porque eu não queria que minha filha crescesse em um lar que as mães não eram felizes”, apontou ainda Laura.
Raka ainda completou, “Filho não prende ninguém, pelo contrário! Mas eu cheguei a níveis de discutir com meu filho no colo e pensar ‘Gente, eu não quero isso’. Infelizmente as relações são isso: a gente se omite por outra pessoa. Na relação, é legal quando você tem esse respeito pelo espaço do outro, esse companheirismo”.
E o julgamento? Laura e Raka mandaram a real sobre a situação. “Então, acho que para mim o fato de sermos duas mulheres que construíram uma família – e foi quase como se não pudéssemos mexer naquilo que lutamos tanto para ter. A gente era vista como um casal ideal, mas a gente mostra 1% do que vive. No geral, apesar disso, eu recebi muito apoio. Meu pais são casados há 30 anos, então eu cresci com esse exemplo. Eles me perguntaram se eu tentei, se eu ia me separar agora, mas depois foi tudo bem. E também era o mesmo grupo de amigos, então as pessoas se dividiam. Hoje, por exemplo, a gente faz questão de ter dias que saímos eu, Camila e Lavínia. Na internet ficaram chocados, mas como eu e a Camila nos falamos hoje e mostramos nossa relação, eles entendem que é o nosso melhor.”.
“Eu exponho minha vida na internet desde antes de me casar”, contou Raka. “Muitas pessoas me apoiaram. Eu senti um pré-julgamento meu, de não querer se separar depois de ter casado. Minhas amigas me apoiaram porque viam como minha relação era muito conturbada. Como eu sempre fui muito verdadeira, muito sincera, as pessoas viram que eu não estava bem. Tanto que muitas pessoas que me acompanham daquela época falam que veem outra Raquel. Então eu não vivenciei nenhum julgamento: porque eu pensei em mim. Não dá para banalizar uma relação, porque nenhuma delas é um mar de rosas, mas não dá para se prender em uma relação que faz mal”.
“Acho que cada caso é um caso, e as pessoas me pedem muito conselho. Mas na minha experiência, só dá para criar bem um filho se estivermos bem com a gente. Se você não está feliz e não está conseguindo se enxergar, você não vai conseguir estar bem com o seu filho. E também não dá para ficar bem só com o seu filho. Por que qual carga você coloca nele? É tentar enxergar isso: você está bem, consegue imaginar uma vidar sem aquela pessoa?”, apontou enfim Laura.
“As pessoas olham para mim e pensam ‘Se ela consegue, eu também consigo’. É difícil enfrentar, porque você já é mulher e pensa, ‘Meu Deus, como eu vou bancar meu filho?’. Nós mulheres somos guerreiras, somos fortes, muito incríveis. Conseguimos fazer coisa que nem sabemos como. Ambos precisam querer melhorar e levar a relação adiante, ainda mais com um filho. Mas criem essa força, de lembrar que vocês conseguem e merecem algo melhor”, completou Raka. Você pode conferir a live completa clicando AQUI.
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