Família

11 coisas que você não deveria dizer (de jeito nenhum) para pais de filhos únicos

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Publicado em 15/07/2020, às 09h25 - Atualizado às 09h37 por Helena Leite


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Basta ter um filho único para ouvir sobre os palpites e as chamadas “desvantagens” de ser “sozinho”. Embora existam muitas pesquisas que afirmam que as crianças com e sem irmãos têm as mesmas probabilidades de de serem felizes, saudáveis ​​e bem resolvidas, velhos estereótipos ainda são muito comuns. Com as famílias pequenas em ascensão, já passou da hora de todos encararem a realidade na qual os filhos únicos (e pais de filhos únicos) já sabem: eles podem crescer de maneira diferente, mas são igualmente amados, queridos e especiais.

Com isso em mente, aqui vai uma lista de comentários que toda mãe e pai de filho único já ouviu – ou certamente irá ouvir algum dia:

Coisas que todo pai de filho único já ouviu (Foto: Getty Images)

1. “Ele deve estar realmente só”

Primeiro de tudo, há uma diferença entre ficar sozinho e ser solitário. Aliás, crianças têm menos probabilidade de se sentirem solitárias porque têm mais experiência em ficar sozinhas. Filhos únicos estão acostumados a sair consigo mesmos e, muitas vezes, têm uma vida interior muito rica. Apesar disso, é importante garantir que crianças tenham muitas oportunidades de brincar com outras crianças. Portanto, se você estiver realmente preocupado com o amigo do seu filho que não tem irmãos, por que não o convida para passeios divertidos em vez de ficar comentando sobre ele por aí?

2. “Ele não terá ninguém para ajudar a cuidar de você quando você for velho”

Embora isso tecnicamente possa ser verdade, não há garantia de que os filhos de uma família maior compartilhem o trabalho de cuidar dos pais. Todos nós já ouvimos falar de famílias em que um irmão se torna o cuidador de fato, quer ele ou não. Essa é uma situação impossível de prever, por isso é doloroso fazer alguém se sentir culpado por esse motivo.

3. “Deve ser tão fácil ter apenas um filho”

Sim e não. Sim, pais de filhos únicos não precisam arbitrar brigas entre irmãos, preencher formulários escolares várias vezes ou passar quase uma década trocando fraldas. Mas alguns fizeram essa escolha porque sabiam que teriam problemas em gerenciar uma família maior. Quando outros pais começam a reclamar do estresse de ter vários filhos, pode ser é difícil resistir ao desejo de lembrá-los de que eles escolheram ter uma família maior.

4. “Você não é um pai de verdade até ter mais de um”

Alguns pais contam que ouviram variações dessa linhagem ofensiva, como se as mães e os pais de um filho único “estivessem entre mãe e tia no espectro de desafios e comprometimento”. Ter “apenas” um não desconsidera o importante trabalho de proteger, nutrir e educar essa vida, e sentir todos os medos, preocupações e amor sem limites que os outros pais sentem.

5. “Você não quer que ele se torne mimado, não é?”

Pais de filhos únicos internalizaram esse estereótipo tão profundamente que a maioria fica supervigilante para não “estragar” a criança. Mesmo assim, é óbvio que ela terá atenção mais concentrada dos pais. Pesquisas mostram que isso é positivo em termos de autoestima, conquista e até inteligência. Eles ainda vivem mais. Isso não aparece algo ruim…

6. “Você é egoísta por não ter outro filho”

Pois é, por mais chocante que pareça, alguns pais realmente já ouviram esse tipo de coisa! Mas já parou para pensar que essa decisão pode ter sido tomada por motivos como não querer arriscar complicações médicas, ter problemas financeiros ou sentir-se velho para acompanhar crianças pequenas? Pois é, vale sempre pensar duas vezes antes de falar, porque afinal não sabemos os motivos da família.

7. “Deve ser por isso que ele é tão tímido”

Primeiro de tudo, não há nada errado em ser tímido ou introvertido (mas isso é assunto para outro texto). O estereótipo de filho único tímido e retraído é tão difundido que muitas crianças de fato acreditam que são tímidas por isso. Amy Lelbrock é um exemplo disso. A jornalista americana acreditava que o motivo da timidez vinha do fato de não ter irmãs. “Então, eu tive minha filha, que é filha única. Ela deixava as pessoas abraçá-la quando bebê, dizia “oi” a todos que passam na calçada e é a líder de qualquer grupo do qual ela faz parte”, contou.  Lição aprendida: introversão e extroversão não são específicas para o tamanho da família.

8. “Ela não parece ser filha única”

Todas as crianças têm momentos egoístas e malcriados, mas filhos únicos são definidos mais rapidamente por esses rótulos do que crianças de famílias maiores. Por outro lado, algumas pessoas veem um filho único que realmente tem empatia e habilidades sociais como um “unicórnio raro”. A realidade é que todas as crianças estão adquirindo essas habilidades e devem cometer alguns erros à medida que crescem. É normal, faz parte do desenvolvimento independente de ter irmãos ou não.

9. “E se ele não tiver filhos e você nunca for avó/avô?”

Ter mais de um filho apenas para garantir que isso aconteça não parece ser a aposta mais inteligente de todas. Pode ser que a mãe de um filho só realmente nunca seja avó, quando uma mãe de vários filhos tenha muitos netos. Mas o contrário também é válido. Não dá para prever o futuro e ter mais de um filho não é garantia de uma família grande daqui há alguns anos.

10. “Você vai querer outro?”

As variações incluem “apenas um filho?” e “você não quer um de cada?”. Sem contar as indiretas por familiares: “as pessoas estão nos perguntando se você está tentando ter outro bebê“. Não é preciso dizer, mas essas são perguntas muito pessoais. Algumas pessoas ficarão felizes em responder que estão “prontas”, mas outras podem ter razões dolorosas por trás do tamanho da família – problemas financeiros, problemas no casamento, condições médicas. Amy Lelbrock destaca a resposta que ouviu de uma mãe: “Conseguimos o que queríamos, então é bom parar de tentar”.

11. “Ele precisa de um irmão”

Quem disse isso? “Eu amo muito meu filho, mas tento muito não ceder a todos os seus caprichos e desejos (ver nº 5), e isso inclui o pedido por um irmão para ele brincar. Isso não significa que eu ache que ter irmãos é algo ruim, pelo contrário, fico feliz (e até com um pouco de inveja) de ver pessoas com laços tão profundos com seus irmãos – mas nem todos são assim, vale lembrar também”, finaliza a jornalista Amy Lelbrock.


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