Publicado em 14/07/2021, às 14h21 por Pedro Pilon, filho de Valéria e Álvaro
Seis meses atrás, no Tocantins, no meio de uma brincadeira com um isqueiro, o filho de Janilson Santos, colocou fogoem um colchão, causando a destruição quase da casa inteira. Hoje, a família ainda tenta reconstruir a residência. De acordo com o Corpo de Bombeiros, casos de incêndios em edifícios e residências tem se tornado cada vez mais recorrentes no estado. Foram 89 registros apenas nos primeiros seis meses de 2021. No ano passado foram 180 casos, sendo 75 no primeiro semestre e 105 no segundo.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, 21.023 crianças com idade de zero a 14 anos foram hospitalizadas vítimas de queimaduras. Em 2018, 200 crianças dessa faixa etária morreram por esse motivo e, desse total, 73 tinham entre um e quatro anos de idade.
O pai da criança relembrou o momento em que acordou por conta do desespero dos dois filhos que estavam no cômodo ao lado. “Na hora que ele tocou fogo, a gente ensina a pedir ajuda, aí ele acabou pedindo minha ajuda. Eu estava dormindo, acabei acordando e socorrendo o João Miguel porque o fogo estava muito alto e só deu tempo de pegar os dois”, disse o auxiliar de serviços gerais.
Agora com quase nada de posse, o pai reconheceu a ajuda que recebeu e agradeceu quem estendeu a mão. “Nós precisamos de ajuda para terminar de construir a casa porque a ajuda que veio, graças a Deus, foi de mantimentos e roupas. Nós agradecemos muito as pessoas que nos ajudaram. Também vieram alguns móveis. Agora nós precisamos de madeira, uma janela e uma porta para terminar de construir a casinha para voltarmos a morar aqui dentro”, disse o Janilson Santos.
Segundo os bombeiros, a principal causa desse tipo de incêndio vem pela falta de manutenção na casa, em que os incêndios surgem em equipamentos elétricose instalações. “Isso ocorre por um desgaste natural desses equipamentos por onde passa uma corrente elétrica, pelo ressecamento natural do material e a falta de manutenção, de troca desses equipamentos e fiações”, explicou o capitão Lázaro Nogueira, coordenador de fiscalização e vistoria dos Bombeiros em entrevista para o G1.
O militar ainda reforçou os passos para se seguir caso ocorra acidentes como esse. “A primeira orientação é tirar as pessoas daquele ambiente. O bem maior que a gente tem é a vida, é a prioridade. Segundo lugar é acionar o Corpo de Bombeiros, passar todas as informações e depois se a pessoa tiver os extintores de incêndio, bem como conhecimento adequado para utilizá-lo, deve fazer o combate se o incêndio ainda estiver no seu princípio”, disse o bombeiro.
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