Menina com microcefalia chora após ser barrada de ver aula em escola no Ceará

Na cidade de Ipu, que fica no interior do Ceará, uma menina de 7 anos com microcefalia foi barrada de assistir aula em uma escola pública por falta de uma profissional de educação no local para fazer companhia para a criança. O caso aconteceu na última quarta-feira, 8 de fevereiro e a mãe da mais nova publicou um vídeo dela chorando após ter sido impedida.

“Olha, gente, como minha filha chegou hoje do colégio. A criança foi para o colégio hoje e não ficou no colégio porque não tem professora para ficar com ela. Segunda e terça teve professora para ficar com ela, hoje não tem. Aí vem com a história de dizer que agora só vai ter professora para essa criança em março. Isso é uma falta de respeito com os filhos da gente”, comentou Edilane Soares na gravação.

De acordo com a Secretaria da Educação de Ipu, a aluna permanece matriculada na instituição e compareceu normalmente em um dia da semana. Em outro, a professora que acompanha a mais nova se ausentou por ‘motivos de saúde’. “A diretoria da escola então orientou à mãe da aluna que retornasse à sua casa enquanto a escola buscaria professor substituto para o acompanhamento exclusivo da criança. A Secretaria de Educação informa, ainda, que já foi solucionada a situação e que no dia 09/02/2023 foi informado à mãe da criança que a mesma já poderia retornar às suas atividades escolares”, relata a pasta em nota.

Além da microcefalia, a criança também é diagnosticada com paralisia e autismo, fazendo com que seu aprendizado precise ser monitorado. “Meu esposo foi deixar ela no dia e quando chegou lá não deixaram nem a minha filhar entrar na escola, o porteiro já foi falando que não tinha professora para ficar com ela e que só levasse ela a partir de março. Agora ela vê as irmãs indo e quer ir também, aponta e fala: ‘Mamãe, escola'”, lamentou a mãe sobre a falta de inclusão. “A neurologista falou que ela tinha que socializar com outras crianças para ajudar a se desenvolver, por isso colocamos ela em um colégio”.

“Queria que eles colocassem mais profissionais de educação, não só para a minha filha, pois existem muitas crianças como ela passando por isso”, finalizou a mãe da criança.

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