Publicado em 08/04/2022, às 05h24 - Atualizado em 11/04/2022, às 10h25 por Redação Pais&Filhos
Uma mãe descobriu que a filha foi estuprada ao olhar o celular da menina e encontrar termos sexuais que haviam sido pesquisados. O caso aconteceu na região do Jd. Bela Vista, em Bauru, e a menina de 10 anos contou à mãe que sofria abusos sexuais pelo pai de sua madrasta.
O homem de 64 anos foi preso, e segundo informações da Polícia Civil, ele confessou o crime dizendo que ‘brincava’ com a criança. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A prisão do homem foi divulgada ontem, mas ocorreu na última segunda-feira. Na ocasião a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de estupro de vulnerável.
A mãe da vítima contou que a filha visitava o pai de 15 em 15 dias, apenas nos finais de semana. A mulher tem o costume de verificar o celular da filha, e com isso acabou descobrindo que ela estava pesquisando termos sexuais na internet, ao questionar, a menina então disse que estava sendo abusada pelo homem.
O acusado morava na mesma casa que sua filha (madrasta da menina), e seu genro (pai da menina). Era lá que o crime ocorria, sempre quando o genitor da garota não estava presente, segundo ela. A menina contou que o homem passava a mão nas partes íntimas dela e a língua também, e fazia questão de mandar ela pesquisar os termos na internet enquanto o abuso acontecia, segundo a vítima o crime acontecia a um ano e meio.
O homem foi preso após confessar o crime, e será indiciado por estupro de vulnerável, já a vítima passou por todos os exames necessários e também foi encaminhada ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) para passar por escuta especializada.
Segundo Maíbi Mascarenhas, pedagoga, coordenadora da pós-graduação em Educação Inclusiva do Instituto Brasileiro de Formação de Educadores, gestora da “Água Mágica Festas e Artes” e mãe da Valentina, o melhor caminho é: colocar filtros nos aplicativos, limitar o tempo de uso e acompanhar todas as atividades da criança no celular bem de perto.
“Sim, fique ao lado, vasculhe o histórico e pergunte sobre o que viu. Mostre também exemplos de informações que não são reais e deixe claro que qualquer ameaça a ele, família ou qualquer outra pessoa, deverá ser avisada. Converse com ele explicando, de um jeito que seu filho possa entender, que parte do que existe na internet não é real”, aconselha Maibí.
Conversa é a chave! Fale com seu filho sobre as redes sociais o tempo inteiro. Uma dica é ficar atenta a comportamentos que fujam do normal e falar sobre desafios que não são brincadeiras como o da Momo.
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