Criança de quatros anos é picada por escorpião em escola e permanece internada

Um menino, de quatro anos, foi picado por um escorpião dentro de uma escola em Lobato, noroeste do Paraná. O caso aconteceu no início da tarde da última quarta-feira (31), e segundo informações, o menino estava brincando no parque da escola municipal quando foi atacado pelo aracnídeo na região das costas.

A criança precisou ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e encaminhado de helicóptero ao Hospital Universitário de Maringá, também no noroeste do estado.

De acordo Marcos Bitencourt, médico do Samu, a criança estava consciente e estável durante a ida até o hospital e não será necessária a aplicação do soro antiescorpiônico pois ele teve uma picada leve. Porém, ele fez questão de ressaltar que no caso de picada de escorpião pode ocorrer um agravamento do estado de saúde da vítima, por isso ele permanece internado para avaliações. 

A Administração Municipal de Lobato, por via do Departamento de Educação, Cultura e Esporte – Divisão de Educação, informou em nota que lamenta o acidente com o aluno. “Esclarece que foram seguidos, de forma imediata, todos os protocolos e recomendações do Ministério da Saúde. A criança foi socorrida imediatamente pela Equipe Médica Municipal e encaminhada pelo helicóptero do SAMU para o Hospital Universitário de Maringá (HU), e, de acordo com últimas informações obtidas, junto ao referido Hospital, às 16h32min, o quadro da criança é estável, continuando em observação, sem risco de morte”, explicaram.

Ainda segundo a prefeitura, durante o período de Recesso Escola (de 15 a 26 de julho) aconteceu a dedetização em todas as dependências da escola, porém, as as aulas foram suspensas nesta quinta-feira (1) para a realização de uma força tarefa, junto a Equipe Municipal de Saúde na Escola Municipal Elias Abrahão.

Saiba o que fazer se alguém da sua família for picado por um escorpião

Você sabe como proceder se alguém da sua família (ou você mesmo) for picado por um escorpião? Veja as orientações da integrante da Coordenação de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Vivian Ailt Cardoso:

1- Lave o local da picada com água e sabão, depois faça uma compressa com água morna, em seguida, procure imediatamente o centro de saúde mais próximo de sua residência;

2- Se possível, capture o animal para posterior identificação;

3- Não impeça a circulação sanguínea, corte ou perfure ao redor da lesão;

4- Não coloque folhas ou pó de café no local do ferimento.

Quando a pessoa picada chega ao centro de saúde, recebe apenas um medicamento para aliviar sua dor, pois o organismo consegue se livrar da toxina do escorpião naturalmente, segundo Giuseppe. A picada só leva à morte se a pessoa tiver uma reação grave, causada por uma predisposição do corpo, como um problema no pulmão, por exemplo. Além disso, de acordo com o biólogo, idosos e crianças são considerados o maior grupo de risco.

Por isso, cada caso é analisado no serviço de saúde. Se a pessoa tiver reação, recebe um soro antiescorpiônico, que neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo.

Esse soro está disponível na rede pública de saúde. Em São Paulo, caso não exista no centro de saúde mais próximo, a pessoa picada é encaminhada ao Hospital Vital Brazil, localizado dentro do Instituto Butantan, na Avenida Vital Brasil, zona oeste de São Paulo.

Segundo Giuseppe, a espécie mais perigosa nas grandes cidades é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é manter os lugares limpos e livres de entulhos. No quintal de casa, evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. “Se perto da casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orienta o biólogo.

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