Publicado em 03/07/2016, às 08h47 - Atualizado às 08h57 por Redação Pais&Filhos
A caxumba é uma doença infecciosa que tem sua origem no vírus Paramyxovirus. Ela causa uma inflamação e inchaço nas glândulas parótidas e salivares, localizadas embaixo da mandíbula. “Normalmente, a criança sente dores no local, nos músculos, perde o apetite e pode até ter febre”, esclarece Ligia Pierrotti, infectologista do Alta Excelência Diagnóstica, doutora pela Universidade de São Paulo e filha de Lucia e José Adalberto.
A doença é transmitida por via respiratória e é extremamente contagiosa. A pessoa fica doente entre 14 a 20 dias. “Se a criança pegou, deve evitar o convívio social”, explica a infectologista.
Mas calma, a caxumba é uma doença benigna e melhor ainda, pode ser evitada. Primeiro com a vacina, se o seu filho está com a carteirinha de vacinação em dia será muito difícil dele contrair a doença.
A vacina contra caxumba deve ser tomada aos 12 meses e aos 15 anos, segundo recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde). A primeira dose é a tríplice viral, que também previne contra rubéola e sarampo. A segunda é a tetraviral, que imuniza ainda contra varicela. Ambas estão disponíveis nos postos de saúde.
“E caso a criança já tenha tido caxumba, ela cria imunidade e não pode mais desenvolvê-la”, explica a especialista.
Não existe um tratamento específico para caxumba. Uma vez diagnosticado pelo profissional, analgésicos, anti-inflamatórios e bastante repouso é o tratamento indicado. É muito importante seguir direitinho as orientações médicas.
Na maioria dos casos não há complicação, mas sempre que surgir sintomas semelhantes, os pais precisam procurar um médico. Pode ser outro tipo de doença ou a caxumba se tornar algo mais grave. “Não ocorre com frequência, mas ela pode evoluir até para uma meningite viral, que é muito mais séria”, diz a especialista.
E você já ouviu falar sobre “a caxumba descer”? A médica disse que pode ocorrer, mas é muito raro. “Existem casos de invasão do vírus nos testículos e também nos ovários, que algumas vezes foram associados a casos de esterilidade, mas é bastante difícil de acontecer”, afirma Ligia.
Segundo a médica, o aumento dos casos ocorridos em algumas cidades do país se deve ao reflexo de uma menor cobertura vacinal e ao período do inverno, porque a doença se manifesta mais na época do frio.
*Por Jessica dos Anjos, filha de Adriana e Marcelo
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