Publicado em 03/09/2021, às 06h00 por Luiza Fernandes, filha de Neila e Mauro
Uma criança de apenas 4 anos perdeu a fala e os movimentos depois de engasgarcom um comprimido em Curitiba, PR. Luis Fabiano esteve internado desde o dia 26 de julho para tratar das complicações do acidente, mas recebeu alta e o diagnóstico definitivo nesta semana.
No dia do engasgo, Luis chegou a ficar quase 30 minutos sem oxigenação no cérebro. De acordo com a mãe do menino ao G1, Franciele dos Santos Augustinhak, aquele era um remédio apropriado para crianças.
“Era um remédio mastigável, que a médica do posto orientou pra ele tomar, mas ele não conseguiu engolir e se engasgou”, contou ela. Luis Fabiano chegou a ser reanimado na na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sítio Cercado antes de ser transferido para o Hospital Evangélico Mackenzie, onde passou mais de um mês.
“Ele falava, cantava, fazia de tudo. Agora, ele quase não reage a nada. Os médicos não sabem o quanto ele pode conseguir se recuperar”, desabafou Franciele. “Eu não trabalho, meu marido é entregador. Pelo SUS, ele só terá uma consulta a cada 15 dias. Não sabemos o que fazer para tentar recuperá-lo”, ainda contou a mãe, sobre a falta de condições financeiras para manter o tratamento do filho em um hospital particular.
O sufocamento pode ocorre não só com comprimidos, mas com qualquer objeto dentro de casa. Por isso, a ONG Criança Segura – Mundial, parceira da Pais&Filhos, recomenda que os pais estejam sempre muito atentos. “Para prevenir esse tipo de ocorrência em casa, tente ver o mundo pelo ponto de vista de uma criança: mantenha objetos pequenos, como moedas, baterias, ímãs, botões ou joias fora do alcance e da vista”, orienta o pedriatra.
A gente sabe que tudo é motivo de curiosidadedas crianças, principalmente objetos pequenos e coloridos. E qual é a primeira coisa que elas fazem? Levam pra boca. É a forma delas de explorar, de descobrir. A sufocação é a principal causa de mortes por acidentesem menores de 1 ano, segundo a ONG Criança Segura. Ainda de acordo com a ONG, 68% das crianças dessa idade que sofrem esse tipo de acidente não sobrevivem. Ou seja: todo cuidado é pouco! Os objetos que são engolidos e seguem o mesmo caminho dos alimentos, em geral, passam despercebidos, sem nenhum sintoma aparente. Já os que são aspirados ou por algum outro motivo seguem para as vias aéreas, podem causar falta de ar e sufocamento.
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