Publicado em 21/06/2018, às 15h58 - Atualizado em 25/06/2018, às 11h36 por Redação Pais&Filhos
Pedro Hartung, coordenador do programa Prioridade Absoluta, do Instituto Alana, e tio de Katherine, Davi, Fabrizio, Amali, comentou com a gente que é mais que necessário você entender sobre a proteção de informações pessoais na internet, principalmente quando o assunto afeta seu filho.
Um novo Projeto de Lei (5.276/2016), que visa a proteção de dados online, foi aprovado pela Câmara no último mês, após dois anos em discussão no governo, e agora segue para o Senado. A boa notícia é que um dos capítulos aprovados olha de maneira especial para menores de idade, que originalmente, não constava no texto. Quem levantou essa bola foi o Instituto Alana, através do programa Prioridade Absoluta que luta para que a legislação brasileira enxergue e inclua a criança nas leis.
“Além de proteger, o objetivo da PL é impor regras para as empresas que coletam os dados de todos os usuários”, explica Pedro. O especialista explicou que as crianças precisam de uma atenção diferenciada justamente por serem vulneráveis.
Impacto no futuro
Segundo Pedro, essa divulgação pode impactar no desenvolvimento da personalidade do seu filho. Sem contar que no futuro, os dados coletados relacionados a aprendizagem, por exemplo, podem ser usados pelo mercado profissional sem levar em consideração o desenvolvimento que a pessoa teve. Isso é horrível!
O especialista também criou a seguinte ilustração: “A criança não sabe utilizar a ferramenta digital corretamente. Talvez ela cometa algum erro, por imaturidade, e aquilo pode ficar gravado para sempre. Não compartilhar esses dados a protege de frustrações futuras”. Não é justo passar por uma situação semelhante, como o caso que aconteceu na Austrália quando uma rede social utilizou informações de meninas adolescentes que estavam em depressão e ofertou esses dados para os anunciantes. “É muito sério a gente usar da vulnerabilidade do indivíduo dessa maneira”, completa.
Você precisa saber sobre essa manipulação de dados e que agora ela é proibida por lei. Mas não se culpe! De acordo com Pedro, as empresas precisam se responsabilizar e criar produtos que respeitem o espaço individual de cada um, principalmente das crianças.
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