Brincar é coisa séria

Brincar na infância: como essa atividade ajuda no desenvolvimento da criança

É necessário deixar a criança brincar e explorar no seu próprio tempo - Getty Images
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Ri Happy

Publicado em 21/03/2023, às 06h44 - Atualizado em 12/04/2023, às 14h21 por Fernanda de Andrade, filha de Débora e Marcos


Uma das coisas mais importantes em toda a infância é a brincadeira. Isso não é apenas porque é divertido e é um momento de lazer em meio a rotina, mas também porque é fundamental para o desenvolvimento da criança que ela brinque. Quanto mais ela brincar, seja sozinha ou com outras crianças e adultos, mais ela aprimora diversos aspectos que serão essenciais para a vida dela, e não existe data melhor para discutir isso do que no Dia Mundial da Infância!

O ato de brincar é um direito garantido para todas as crianças, independentemente de onde elas vivam e que idade tenham. É algo tão necessário, que se tornou um direito garantido pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Declaração Universal dos Direitos da Criança, feita em 1959. Ela afirma que “a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito”. Em território brasileiro, esse direito apareceu em 1988, quando a Constituição Federal o reafirmou no artigo 227, e também em 1990, quando apareceu no Estatuto da Criança e do Adolescente.

É necessário deixar a criança brincar e explorar no seu próprio tempo (Foto: Getty Images)

Fuja da adultização!

Durante a Idade Média, as crianças eram vistas como “mini-adultos”, sendo tratadas como tal. Apesar de já termos uma visão muito diferente daquela época, ainda é necessário reforçar a necessidade de cada criança viver a infância de forma plena. Acelerar a infância apresenta riscos, como explica Dra. Fernanda Monteiro, terapeuta ocupacional e consultora do Grupo Ri Happy e mãe de Alice: “Em cada fase do neurodesenvolvimento há um ganho, e conforme a criança recebe os estímulos adequados, seus comportamentos vão se tornando mais complexos. Portanto, pular fases do desenvolvimento impede que a fase anterior esteja bem estruturada, podendo ocasionar dificuldade nos movimentos, e nos pensamentos mais estruturados”. 

Em seguida, ela completa: “Acelerar as fases do desenvolvimento traz riscos de sobrecarga cognitiva, física e emocional, uma vez que as crianças precisam executar tarefas, ou resolver problemas que estão além de sua maturidade e de suas habilidades, impactando em sua autoestima e autoconfiança […] A criança precisa ter liberdade para aprender com seu próprio fazer, tentando, modificando seu planejamento, resolvendo problemas. Assistir outras pessoas fazendo, ajudam a resolver por imitação, ou a trazer novas ideias de execução, enquanto isso, elas estão aprendendo e se desenvolvendo”.

Brincar é um direito garantido a toda criança pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Foto: Getty Images)

Como garantir que meu filho aproveite a infância?

O mais importante é respeitar o tempo de cada criança e deixar com que descubram o mundo a sua volta no próprio ritmo: “As crianças precisam aproveitar seu espaço, suas relações e explorar o ambiente. Elas são curiosas, cheias de energia e vontade de conhecer o mundo”, conta a Dra. Fernanda. Em seguida, ela deu algumas dicas do que pais e cuidadores devem proporcionar para que as crianças aproveitem ainda mais a infância: 

  • Locais seguros e supervisionados: que contenham brinquedos e objetos que possam ser explorados conforme o nível de maturidade neurológica delas, como levar à boca ou apertar.
  • Espaços e materiais que incentivem a curiosidade: de forma que as crianças consigam conhecer e manipular na hora de brincar.
  • Rotina estruturada: a rotina permite que as crianças possam se sentir seguras e confortáveis: “Isso traz previsibilidade dos próximos acontecimentos, a criança não fica ansiosa pelo que vai acontecer, aproveitando cada momento de sua brincadeira e tarefa, além de ajudar a desenvolver habilidades de organização e responsabilidade”, diz a especialista. 
  • Alimentação saudável e equilibrada: uma dieta adequada é essencial para promover o bem estar físico e cognitivo da criança.
  • Brincadeiras ao ar livre: estar em meio a natureza é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança, oferecendo a luz do sol, diferentes texturas, cheiros, terrenos irregulares que trazem desafios motores, plantas… Ela amplia a criatividade, o repertório motor, o vocabulários, desenvolve resolução de problemas.
  • Contato com animais: “Conhecer, brincar e cuidar de animais oferece sensações de prazer, cuidado e empatia para as crianças”, diz a Dra. Fernanda.

Brincar com crianças x Brincar com adultos

Uma coisa a terapeuta ocupacional garante: tanto brincar com os pais quanto com outras crianças é essencial para a construção saudável de relações afetivas, sociais, respeito pelo desejo, espaço e condições do outro, aprendizagem de regras, empatia, cooperação, colaboração, comunicação saudável e a lidar com frustração: “Brincar com os pais traz benefícios que estreitam as relações, de compreensão pelos sentimentos, de cultura, hábitos, costumes e regras da família. Fortalece o vínculo amoroso, a confiança, a segurança fortalecendo a capacidade da criança em desbravar o mundo”, explica ela. Já brincar com outras crianças é capaz de ampliar a visão social, mostrando diferentes contextos, maneiras de pensar e de agir, junto com respeito e compreensão aos outros.

“A interação com o outro pelo brincar, mostra muitas possibilidades de relações, de sentimentos e desafios, traz para a criança novas perspectivas de mundo, de certo e errado, de gostar ou não, de lidar com as regras sociais, respeito ao próximo, habilidades emocionais, como a empatia, o autocontrole e a compreensão das emoções dos outros”, explica a Dra. Fernanda Monteiro.

Seja com os pais ou com outras crianças, brincar é essencial para o desenvolvimento na infância (Foto: Getty Images)

O que levar em consideração quando escolher um brinquedo?

Na hora de escolher o produto, é necessário levar em consideração a idade da criança, o interesse, as habilidades, valor educativo e lúdico do brinquedo.

  • Faixa etária: é crucial verificar a faixa etária de um brinquedo antes de comprá-lo, principalmente pela segurança, como peças pequenas ou pontudas para crianças muito novas.
  • Brinquedos sensoriais: “Brinquedos com texturas, pesos e padrões diferentes apresentam à criança a novas informações do mundo, e proporcionam diversidade e contextos diferentes para exploração, gerando novos conhecimentos motores, cognitivos e sensoriais”, explica a especialista.
  • Interesses da criança: ele se encaixa no que a criança gosta? É necessário criar um equilíbrio entre brinquedos “dentro da zona de conforto” e brinquedos fora dela. Se uma criança gosta de animais, é uma boa ideia dar brinquedos que abordem esse tema, mas essa não pode ser a única opção disponível.
  • Valor educativo: o valor educativo de um brinquedo é aquilo que ele oferece para poder ajudar a estimular o aprendizado e o desenvolvimento cognitivo da criança.
  • Atividade física e motricidade: bolas, raquetes, petecas e bicicletas são ótimos exemplos de brinquedos que podem ajudar a incentivar a atividade física e a motricidade, que são movimentos importantes para a saúde.

Seja qual for o brinquedo que você esteja procurando, você pode encontrá-lo no site ou lojas da Ri Happy!


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