Publicado em 26/02/2022, às 05h02 por Thiago Queiroz
Muitas pessoas enxergam as relações com os filhos como relações de guerra e poder. Elas pensam que jamais podem ceder a alguma condição, para não passar uma imagem de fraqueza. E, então, estes filhos, criaturas vis e controladoras saberiam que ganharam a batalha e jamais respeitariam os pais novamente.
Escrevendo dessa maneira, pode até parecer um pouco extremo, mas se você parar para analisar com cuidado, é exatamente assim que funciona para muitos pais e mães. De vez em quando, todos nós caímos na tentação de achar que não podemos ceder. Mas será que não podemos ceder mesmo? Para responder a essa pergunta, precisamos tentar nos colocar no lugar dos nossos filhos e imaginar como as coisas funcionam no dia a dia deles.
Desde o momento em que eles acordam, nós começamos a solicitar que eles cedam. Às vezes, até pedimos gentilmente para eles cederem, mas em outros momentos, podemos ser bem agressivos nesse pedido.
“Quero comer pão de queijo de café da manhã, papai”, diz ele. “Não tem, filho. Come banana que é melhor para você”, eu respondo. Ou ainda, “Quero ir de bota para a escola!”, ao que digo, ” Filho, bota é só para quando chove.
Você vai de sapato, tá?”.
Vejam só quantas vontades foram negadas ao meu filho em um só dia! Não é de se espantar que, ao longo do dia, nossos filhos vão protestando cada vez mais fortemente. É como se eles estivessem usando toda a capacidade de ceder e atingissem seus limites de flexibilidade.
Justamente nessas horas que costumam acontecer explosões de frustração, crises de choro, ou simplesmente birra. Porque, afinal, essas crianças são muito manhosas e inflexíveis, né? Mas pensando com cuidado, nossos filhos estão
cedendo o tempo inteiro, o dia inteiro, todos os dias. E nós, pais e mães? Nós cedemos?
Quando chega a hora de cedermos, nem pensar! Voltar atrás em uma decisão? Jamais! Então, como ensinar meus filhos a cederem ou serem flexíveis? Cedendo e sendo flexível! Por isso é tão importante ceder eventualmente, para que eles tenham exemplos de que pais e mães também cedem algumas vezes.
Obviamente, não estou dizendo aqui que é para liberar geral, ceder em tudo o que eles oferecerem alguma resistência, e sempre voltar nas decisões que tomamos.
Agora, imagina se você, quase saindo de casa, resolve voltar atrás e deixar seu filho trocar de sapato, mesmo que ele próprio já tenha escolhido o par que calçou. Isso talvez faça com que você se atrase uns 5 ou 10 minutos. Contudo, seu filho estará aprendendo com você que, às vezes, é bom ceder para fazer o bem do outro. Afinal, sendo flexível ajudo meus filhos a serem flexíveis.
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