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Paciência e nossas crianças

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Publicado em 01/04/2016, às 16h41 - Atualizado em 13/01/2021, às 09h16 por Taís e Roberta Bento


Por que precisamos ensinar nossas crianças a terem paciência? “Não me recordo de ter formalmente aprendido a ser paciente”, você pode estar pensando. É verdade. Nossos pais não precisaram se preocupar com isso. O estilo de vida que levávamos se encarregava de nos ajudar a crescer já dotados de uma boa dose de paciência.

Ainda me lembro de como esperávamos, ansiosos, a hora de assistir aos nossos desenhos favoritos, meus irmãos e eu. Era pura concentração no Príncipe Planeta, Speed Racer e Thunderbirds. Na adolescência, ou aproveitava o sábado a tarde para assistir aos clipes das minhas músicas favoritas no Super Pop, ou já era – só no próximo final de semana!

Além disso, na hora do banho era esperar a sua vez ou correr para o banheiro antes que os outros irmãos chegassem primeiro. Para sentar na janela do carro, ou gritava “janela” antes que os outros se lembrassem de fazer isso, ou saia de fininho e ficava já grudada no banco de trás muito antes da hora de sair de casa.

Para pagar as contas de luz e água, o jeito era ficar na fila do banco, esperando junto com a mãe. Não era uma escolha. Era a nossa vida de criança. Quando adolescentes, aguardávamos ansiosamente a visita de um tio que trabalhava na Censura Federal, em Brasília. E, pasmem, sentíamos e éramos tratados pelos amigos como mega privilegiados por isso: o tio nos indicava os filmes que tinham sido liberados para nossa idade e já dava o toque especial de dizer quais valiam a pena a fila do cinema!
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Toda essa sessão nostalgia só para ilustrar a mudança para nossa vida atual: aprendíamos e exercitávamos a paciência no dia a dia. Olhando com o filtro dos dias atuais, podemos concluir que nossa vida era um eterno exercício de paciência.

De volta para o futuro – que é nossa vida atual, vamos pensar: em que momento nossas crianças ou adolescentes exercitam, naturalmente, a paciência? Em momento algum! O micro-ondas aquece o leite em segundos; a programação de tv está disponível em canais exclusivos, 24 horas por dia; a internet, ainda que pareça lenta para a geração atual, não precisa mais esperar a discagem e a conexão está disponível no carro, na rua, no ônibus – tudo a um clique de alcance.

Os pais, preocupados com o mito da criança frustrada e cheios de culpa por não dar a atenção na quantidade sonhada, adequam toda a sua rotina para não deixar que seus filhos esperem, junto com eles, nas filas, no supermercado, na mesa do jantar.

E assim vão crescendo nossas crianças inquietas, que logo serão adolescentes sem paciência, os quais se transformarão em adultos em busca do jeitinho brasileiro para se dar bem. A boa notícia é que está em nossas mãos, dentro de casa, na rotina das famílias, a chave para mudar essa realidade.

Seu filho não precisa sofrer e nem perder privilégios que provavelmente você, responsável, trabalhou muito para conquistar e oferecer a ele. A receita é simples: o velho e bom equilíbrio.

Aproveitar do melhor que a tecnologia e o mundo moderno podem oferecer pode e deve caminhar lado a lado com o desenvolvimento de competências para uma boa convivência em sociedade. A paciência é uma delas!

Três dicas para ensinar seu filho a exercitar a paciência são:

– Seja o modelo

Não dá para esperar que uma criança ou adolescente seja paciente se os pais não exercem essa virtude no dia a dia dentro de casa e na vida social.

– Ajuste a rotina para envolver seu filho em atividades que beneficiam a todos da família

Ajudar a fazer as compras no supermercado, passar na farmácia ou na lavanderia no caminho de volta para casa junto com os filhos, esperar até o aniversário ou Natal para ganhar aquele brinquedo desejado.

– Na hora das refeições

Estabeleça um pacto: ninguém começa a comer até que todos estejam servidos. Uma maneira bem simples de exercitar a paciência e que traz enormes benefícios extras.

A paciência que seu filho desenvolve dentro de casa o tornará um aluno mais atento na escola, um amigo que respeita as diferenças e um ser humano capaz de se dar o tempo necessário para refletir sobre o que vê, ouve e lê!


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Comportamento