Publicado em 20/05/2014, às 21h00 por Tatiana Schunck
Meu marido diz que nosso filho já nasceu pronto. Isso era quase um segredo nosso, mas não tem nada demais eu contar aqui não. Nem é nada tão grandioso assim. Não significa muita coisa. É que o menino tem o seu tempo próprio, decide quando cresce, quando faz ou não faz, quando olha para determinado lado, quando fala contigo, quando silencia, quando está ou não está a fim de qualquer coisa… Conto isso porque é valioso observar estas atuações, que nos fazem perceber quem são os filhos que temos. Que nos fazem ver aquilo que é essência nessa pessoa tão pequena, mas já tão pronta de si.
Não quer dizer nada além disso esse nosso segredo. O segredo conta muito mais de quem são os pais, nós, do que quem é o menino. Volto a dizer que essa observação nos posiciona em um lugar uma distância irrevogável do nosso filho. Ele é uma pessoa, uma pessoa inteira. Ele não é nosso não. E ele não é nós.
Não sei mesmo como é ver este ser crescer e nem como será sua presença nessa casa, em nossas vidas, em nossos tempos… Como será ter um filho maior que isso que ele é agora? O que será que ele me contará? Como serão seus pensamentos? Por onde andarão seus desejos mais íntimos? E tudo isso não terá nada a ver comigo, assim espero.
Espero alguma distância que nos permita nos enxergarmos. Às vezes, quando o observo com mais calma, é como se eu pudesse realmente ver os que foram antes de mim: os avós dos pais dos filhos, até esse tanto de gente chegar até mim, e passar por mim. Vejo minha mãe, sua mãe, sua avó, seu tio Mundinho, sua tia Rene. Meu pai, sua mãe, sua avó brava, seu pai, pai do pai e do pai do avô, o Henrique, o Liberato, a Francisca, o Silvio, a Inês… Essa acumulação de gentes em tempos distantes, não tão próximos, não tão longe…
Quem é meu filho nessa linha? Quem é o filho do filho do filho? Quem ensinou quem te ensina? Disse-nos um grande mestre desses tempos do agora. Disse-nos assim também: você já é um ser vitorioso, porque arrancou à frente de milhões de espermatozóides e sobreviveu até virar corpo. Quanta luta para estar aqui! E aqui estamos em tempos de efemeridades, em tempos de incertezas, de revoluções e em tempos tão diferentes e também tão próximos daquilo que sempre foi. Quando nascemos o mundo para nós é o outro, é essa a nossa primeira experimentação de mundo. O outro. Sempre foi assim e assim continuará a ser. A não ser que passemos a nascer de outro jeito magnífico e que, para crescermos com alguma saúde psicofísica, criem afetos que andem…
Lembro que quem vos fala é a mãe que, com um filho ainda pequeno, certamente eu sou esse filho e ele me é. Portanto, essa ideia de o outro é quase um romance a ser escrito… Por agora, me permito lampejos de tempos inteiros só de mim. Ou só de desfrute deste outro que cresce à minha frente. Quanto privilégio!
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