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Melatonina: boas horas de sono melhoram a fertilidade

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Publicado em 24/10/2018, às 14h54 - Atualizado às 14h56 por Dr. Rodrigo Rosa Filho


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O hormônio do sono tem ação antioxidante e é essencial para o processo reprodutivo (Foto: iStock)

A qualidade do sono aliada a uma alimentação saudável pode melhorar a fertilidade. Isso porque o hormônio produzido pela pequena glândula pineal do sistema nervoso central atua na formação de novos vasos sanguíneos das células foliculares do ovário, aumentando a qualidade dos óvulos e as chances de gravidez. É a melatonina, que ainda ajuda a controlar o ciclo natural do dormir e acordar – especialistas recomendam entre sete e nove horas de sono.

O hormônio do sono tem ação antioxidante e é essencial para o processo reprodutivo. Durante a ovulação, é produzido uma grande quantidade de radicais livres. Em níveis altos, a melatonina equilibra a ação desses radicais livres, melhora a maturação e qualidade do óvulo, consequentemente, favorece a fertilização.

A melatonina também estimula a liberação de progesterona pelo corpo lúteo, que é liberado pelo óvulo, após a ovulação. Ela tem papel fundamental para que a gravidez aconteça. Com sua ação antioxidante, protege o organismo da ação de radicais livres conferindo a manutenção da função lútea.

Grandes quantidades de melatonina são encontradas no fluido folicular periovulatório (líquido que envolve o óvulo dentro do folículo), com concentrações maiores do que no sangue periférico. O próprio ovário parece produzi-la (pelas células da granulosa), mas a maior parte é absorvida da circulação sanguínea. Quanto maior o folículo, maior a concentração de melatonina.

A qualidade de sono aliada a uma boa alimentação aumentam a fertilidade (Foto: iStock)

Apesar do tratamento eficaz em pacientes com infertilidade, a melatonina pode estar diminuída em mulheres com endometriose, Falência Ovariana Prematura (FOP) e Síndrome de Ovários Policísticos (SOP). Nestes casos, a reposição hormonal é necessária.

Quantidades muito pequenas são encontradas em alimentos como carnes, grãos, frutas, legumes e até no vinho tinto. Uma vez sintetizada, a melatonina não é armazenada na glândula pineal, mas é logo liberada para a corrente sanguínea e outros fluidos corpóreos como bile, saliva, liquor, sêmen, líquido amniótico e fluido folicular.

A dose recomendada costuma geralmente variar entre 2 e 10 mg. Vale ressaltar que é  importante sempre consultar um médico para prescrever a dose correta. Geralmente, a melatonina deve sempre ser ingerida a noite, 1 hora antes de deitar, de acordo com a prescrição médica.

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