Publicado em 12/05/2017, às 15h03 por Nanna Pretto
Moro em São Paulo há 17 anos. Foi aqui que me estabeleci e fiz a minha vida, por assim dizer. E sou muito feliz. Mas, há 17 anos, eu moro longe da minha família. Fico pensando o que será de mim quando meus filhos aprenderem a bater as asinhas. A gente vai se preparando pra isso? Como faz?
Gabriel passou cinco dias num acampamento e meu coração ficou pequenininho. Rafael, saidinho como é, vai dormir fora e eu morro de saudade. A casa, no silêncio da tarde, não tem a menor graça sem eles. Imagine quando saírem de vez?
Eu sei, a gente cria filho pro mundo. Sempre escutei isso do meu próprio pai e também que está cedo para pensar nisso, né? O mais velho nem fez nove anos…
Mas agora eu penso como deve ter ficado a minha mammis quando eu falei: “Beijo e tchau! Estou indo para Londres!” E de Londres para São Paulo. E de lá para cá, apenas visitinhas à Salvador. Sou mãe há poucos anos, ainda não tenho maturidade para isso.
Mas é aquilo, a gente aprende a dar valor as coisas. Se eu não fosse mãe, talvez nunca tivesse pensado na saudade que minha mãe sentiu de mim. Se eu não fosse mãe, talvez achasse um drama as enormes cartas que recebia naquela época. E hoje eu consigo ter uma pequena ideia do que isso representa.
Mas viva a tecnologia, né, gente?! Viva o cara a cara pela tela de um celular e viva o WhatsApp que me permite ouvir a voz dela como se estivesse aqui pertinho de mim. Até com a minha vozinha, de 86 anos, eu falo quase todo dia. Até mais do que se eu morasse em Salvador.
A saudade física existe, claro. Cheiro, toque, abraço… A gente está longe, mas está perto. Conectadas pelos aplicativos minimizadores de saudade. Essa semana mandei um presente para minha mammis pelo correio com carta e tudo. Foi presente de uma marca e eu me dei conta que nem sabia o endereço físico dela… que coisa boa poder relembrar essa forma de matar a saudade que a gente tinha quando eu era pequena. Preciso escrever mais cartas.
Esse fim de semana eu só desejo uma coisa: abrace a sua mãe. Esqueça os aplicativos minimizadores de saudade. Abrace, pegue, toque, sinta. Fique perto. Porque a tecnologia pode ajudar muito, mas nada substitui o colo de mãe!
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