Publicado em 29/08/2013, às 21h00 por Nanna Pretto
Costumo dizer aqui em casa que eu funciono em abas. Preciso de muitas delas abertas no laptop, o celular carregado e o iPad ligado. Essa coisa de plantar mandioca no mato eu deixo pra uma das minhas avozinhas, que ama a vida na fazenda, já que a outra bate papo via WhatsApp e tem Instagram.
Da turma, eu sou uma das que mais posta foto, que atualiza o blog e que vive, sim, grudada nas tecnologias. Meu pai, um ativista digital que sempre estimulou a minha curiosidade tecnológica, é meu guru nesse assunto. É com ele, inclusive, que divido as descobertas dos aplicativos, de programinhas e sites interessantes.
Filha de peixe, peixinho é. E neto de peixe também. Gabriel cresceu cercado de tecnologias e, desde cedo, queria tirar foto pra postar no “book book”. Ele assistiu Baby Einstein, Galinha Pintadinha e cantava lindamente com a turma de Cocoricó. Tem acesso liberado ao Netflix e joga o jogo da memória tão bem no tabuleiro como no tablet aqui de casa.
Sim, meu filho foi submetido aos aplicativos infantis desde cedo, assim como aos livros de histórias. E eu não vejo mal algum nisso, pois sempre tive bom senso, controle e limites. Temos alguns e-books para criança, ele acessa o YouTube para ver Carrossel e hoje, aos 5 anos, herdou o meu iPod antigo, cheinho de jogos infantis.
Se eu quero meus filhos crescendo no mato? Não. Quero-os cercados de tecnologia. Eu sei que é uma opinião minha e que muita gente não concorda. A gente vai à praia, contempla a natureza, anda a cavalo na fazenda, pega fruta no pé e passeia muito, mas muito mesmo. Só que o mundo é digital, baby. E eu não quero que eles recebam um Control + Alt + Del da vida.
Essa semana houve uma discussão quente no universo materno sobre aplicativos para bebês. E o que eu acho que falta nesse mundo é bom senso. O mesmo bom senso que falta na hora de eleger o político, de escolher um dos lados das manifestações ou de se posicionar sobre determinado assunto. Tem muita gente em cima do muro gritando pra vida alheia.
Submeti meu filho aos aplicativos infantis e ele está aqui, perfeitamente saudável e um dos mais atuantes da sala. Aos 5 anos está lendo e treina a escrita cursiva no caderno de caligrafia e num aplicativo do tablet, durante as aulas digitais da escola.
Hoje, temos um limite de 20 minutos por dia para o uso de celulares e tablets em casa. Quando ele tinha meses ou pouquinhos anos, esse limite era meu. Eu me policiava para não usar à toa o artifício relaxante em algumas situações em prol do meu conforto ou quando eu simplesmente me encontrava exausta. E até hoje um delicioso banho quente para mim pode ser o tempinho de um joguinho eletrônico para ele. Sem drama.
Lembro que na minha época não tínhamos aplicativos nem tablets. Mas tínhamos a Xuxa das oito ao meio-dia e, assim como eu, muitas crianças colavam na TV para ver a série de desenhos, que começava com os Smurfs, passava pela She-Ra (e quando ela encontrava com o He-Man era o assunto do dia na escola!) e terminava com a Caverna do Dragão. Eu assistia todos os dias e esperava ansiosamente o momento do sorteio para ver se o Xuxo lia minha carta (que eu pedia para minha mãe enviar para a Rua Saturnino de Brito, 74, Jardim Botânico, no Rio de Janeiro e CEP 22.470). Quem nunca, mães???
E nos tornamos burras, alienadas ou com problemas físicos por conta do Xou da Xuxa? A minha resposta é não. E olha que o nosso critério para os tablets é bem maior do que o das nossas mães, naquele tempo.
Criança precisa brincar, precisa mexer, precisa sacudir. Concordo. Mas precisa descobrir e experimentar o novo, seja com as Paquitas ou com a galinha azul. E o mundo digital nos permite essa deliciosa diversão, com um botãozinho de off bem facilzinho de apertar quando chegar a hora.
Eu escolho ser amiga do mundo digital, acompanhando lindamente com meu filho mais velho, por aplicativos e filminhos no YouTube, a 17ª semana de gestação do mais novo que vem por aí.
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