Colunas / Minha vida nada Down

Miró que se prepare

Publicado em 11/01/2017, às 08h43 por Ivelise Giarolla


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Lorena estuda em uma escola regular da qual eu não tenho do que me queixar. Desde o diagnóstico da síndrome de Down dela, ainda na gestação, ela sempre foi bem vinda, querida e totalmente incluída no meio escolar. Tenho um excelente relacionamento com todos os funcionários e coordenadoras pedagógicas, que estão sempre prontas a me acolherem nos meus momentos de angústias, pois eles existem certamente.

Um dia desses estava vendo as fotos das atividades dela no Facebook da escola e havia uma série de imagens relatando uma aula de artes. Observei e por uns instantes fiquei cabisbaixa, pois vi que os desenhos dela não eram como dos outros colegas. Mas, como já sei de seus atrasos no desenvolvimento, respirei e continuei a vida.

Pela noite recebo uma mensagem de uma das coordenadoras, comentando justamente uma das fotos da Lorena: “esse olhar de pesquisadora me encanta”. E eu respondi: “sabe, eu fiquei um pouco chateada com essas fotos, pois vi os desenhos elaborados das outras crianças”.

Ela me enviou essa foto e os dizeres: “acho que esse desenho também não é muito elaborado e vale milhões”

Tapa na cara e Ivelise de volta a realidade. Desde o nascimento da pequena, tenho feito um trabalho mental de não compará-la a nenhuma outra criança, mesmo porque todas as pessoas são seres individuais que apresentam diversidades, modos de vidas e peculiaridades.

No início confesso que foi bem difícil. Ficava vendo fotos e vídeos da irmã mais velha e chorava por ela não ter desenvolvimento parecido. Evitava conversar com mães no parquinho do clube, pois sempre alguém perguntava a idade dela e se atingiu alguma atividade, por exemplo, engatinhar ou andar. Enfim, com o passar do tempo fui amadurecendo, me libertando de realizar comparações.

Todavia, por vezes esses pensamentos voltam e agradeço muito por ter pessoas que me trazem novamente para realidade: a de enxergar minha filha como “Lorena” e não a “Lorena que tem síndrome de Down”.

Ela é o que ela é. Simples assim. E se continuar essa beldade nas aulas de arte, Miró que se prepare,  porque terá uma concorrente forte!

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