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Com emoção: relato de parto de segunda gestação é de tirar o fôlego e traz lição importante

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Publicado em 11/01/2020, às 05h16 por Dr. Igor Padovesi


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(Foto: Getty Images)

Como costumo dizer, cada gestação é única, e apesar do mais comum ser o parto que dura muitas horas, de vez em quando somos todos pegos de surpresa.

“Corre! Traz a maca! Cadê o Dr. Igor?!” – ouvi os berros no corredor da maternidade. Eu estava tranquilamente tomando um café e batendo papo na copa quando comecei a ouvir uma gritaria e descobri que o negócio era comigo. Abro a porta e vejo um tumulto no corredor: uma enfermeira correndo com a maca, técnicas de enfermagem agitadas se aglomerando em torno de algo que de longe eu não conseguia identificar o que era.

Com a cena, já imaginei que alguém tivesse convulsionado, desmaiado, tido um infarto ou algo dessa natureza. Corri também para lá e identifiquei minha paciente, que estava em trabalho de parto caminhando no corredor, agachada e com as mãos segurando uma meia-cabeça do bebê que já aparecia para fora.

Estava muito serena (graças à abençoada analgesia de parto normal que recebera meia hora antes) e junto com a minha enfermeira que a acompanhava, pareciam não entender o alvoroço. Tranquilamente ajudei a colocá-la na maca e no caminho já fui calçando as luvas. Foi só o tempo de entrar na sala de parto para que o bebê nascesse ali mesmo, na maca de transporte – ótimo, vigoroso, chorando alto e sem causar nenhum arranhão no canal de parto da mãe. É realmente imprevisível o quanto vai demorar um trabalho de parto. O mais comum é durar muitas horas, especialmente na primeira gestação.

Os partos subsequentes sempre tendem a ser mais rápidos, mas nem tanto. Essa era a segunda gestação e ela tinha optado por induzir o parto, já que o primeiro filho já havia nascido de parto normal e dessa vez ela chegara ao final da gestação com 3 cm de dilatação, mas sem nenhum sinal do parto. Minutos antes do nascimento ela ainda estava
com 7 cm e o bebê “alto” (ou “não encaixado”), quando recebeu a analgesia e foi caminhar e fazer exercícios – o que é sempre recomendado pra favorecer a evolução do parto normal.

Claro que dentro de um grande hospital, com todas as acreditações internacionais e protocolos de segurança do paciente, não é adequado o parto acontecer no corredor – inclusive é considerado um “evento adverso” e gera grande estresse para a equipe de enfermagem. Esses partos também fazem parte do imaginário dos casais grávidos como
um fantasma, que causa aquele medo de não dar tempo de chegar à maternidade. Mas a verdade é que esses nascimentos que acontecem fulminantemente na maca, no corredor ou em qualquer lugar inesperado são os mais tranquilos, raramente complicam e são o sonho de todo obstetra!

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Família Saúde Notícias Criança Parto grávida

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