Publicado em 02/09/2016, às 13h32 por Ligia Pacheco
Sentei em uma praça para observar as crianças e as suas relações com as pessoas e com o mundo. Sempre aprendo muito.
No centro havia um tanque de areia com sete crianças pequenas e cinco babás ao redor. Ou conectadas ao celular ou entre elas. Três crianças disputavam o mesmo brinquedo ainda que estivessem rodeadas deles. Dois brincavam sozinhos explorando pá e balde com a boca. Um construía algo enquanto o outro já mais habilidoso se fazia de cachorro, latia e destruía tudo o que os outros faziam. Cada um numa fase de vida e quantas ainda por vir para estes pequenos seres não determinados, mas repletos de possibilidades e que dependerão muito do meio em que se encontram para o seu desenvolvimento. Creio que há momentos em que é bom deixar as crianças sozinhas, mas não da vista. Porém, mediar as aprendizagens é também fundamental.
Segui o olhar. Num banco próximo havia três mães que conversavam e gesticulavam. Demorei um tempo para saber quem eram os filhos. Raramente alongavam o olhar atrás deles. Preocupei-me. Vi uma pesquisa que vale contar. O pesquisador ia a parques com um lindo cãozinho e perguntava a estas mães mais distantes: “Você acha que o seu(sua) filho(a) iria comigo para onde eu o(a) levasse?” As mães afirmavam sem pestanejar: “Claro que não! Eles jamais iriam.” O pesquisador pedia então a permissão para agir, enquanto as mães observavam. Ele aproximava-se da criança que logo se encantava com o bichano e a conversa rapidamente fluía até que ele dizia ter filhotes ali próximo e se a criança queria vê-los. Todas deram a mão para ele e foram para espanto das mães. De olho no cotidiano!
Mas a cena que mais tocou aconteceu bem ao meu lado. Correndo e em gritos, três meninas de cerca de oito anos, lançaram-se sobre os balanços. Logo atrás vinha um homem que rapidamente deixou claro ser o pai de uma delas, mas generoso também. Balançava as três com força e as gargalhadas embalavam o vai e vem. Mas logo começaram a conversar. Eu estava ao lado, era difícil evitar ouvir, amo estas situações, aprendo com elas, estudo, falo e escrevo sobre isso, concluí que não era bisbilhotar. Enfim, se for me perdoem.
As meninas usavam o mesmo uniforme e pareciam querer ir além da sala de aula. Começaram a falar das coisas que tinham e logo virou uma disputa discreta. Falavam dos brinquedos, dos acessórios das bonecas, dos jogos eletrônicos, das fases em que estavam e a conversa foi crescendo e a disputa mostrando-se mais acirrada. Até que uma disse:
– Eu tenho um balanço igual a este no meu jardim.
Jogou os pés para cima gerando um tímido movimento e acrescentou:
– E só para mim!
A pequena amiga ouviu, colocou os pés no chão, olho nos olhos do pai e disse:
– E eu tenho uma pai que me empurra!
Fez-se silencio. Que argumentos mais teriam? Sai engrandecida, agradecida e com os olhos molhados. É assim
Família
Amanda Kimberlly posta novo vídeo com terceira filha de Neymar: “As caretinhas”
Família
Mãe de Neymar apaga foto com Davi Lucca depois de polêmica com Mavie e Bruna Biancardi
Família
Filha de Leonardo explica motivo de não ir ao aniversário do pai: “Bloqueando alguns inconvenientes”
Família
Jade Magalhães dá detalhes de chá revelação do primeiro filho com Luan Santana
Família
Marido de Ivete Sangalo diz que criou a escola que as filhas estudam por motivo curioso
Família
Conheça Jade Magalhães: Modelo e influenciadora passou 4 anos separada de Luan Santana
Família
João Guilherme explica por que não foi ao aniversário de 61 anos do pai
Família
Filho de Ana Hickmann opina sobre casamento da mãe com Edu Guedes e resposta surpreende