Publicado em 10/10/2023, às 06h54 por Beto Bigatti
Nem vem. Ninguém está preparado para os 18 anos do primeiro filho. Posso jurar de pés juntos que no mês passado colocava um fio vermelho na testa desse guri para estancar o soluço. Impossível não ter sido na semana retrasada sua primeira bronquiolite. Digo mais: ninguém me tira da cabeça que a tarde em que me lavei chorando na formatura da educação infantil foi anteontem.
E não é apego ao passado. Simplesmente passou rápido demais. Velozes esses 6570 dias. Nem os anos bissextos conseguiram disfarçar a pressa da vida. E você aí reclamando das apresentações na Escola. Sabe de nada, camarada! Aquilo ali é feito especialmente para guardarmos no coração o olhar de contentamento do filho quando nos vê entrar na sala. Ufa, agora podemos começar, profe.
Perdi as contas das visitas da Fada do Dente aqui em casa. A primeira foi mágica. A 12ª, nem tanto. Contou-se que o dente estava tão bem escondido que ela precisou voltar na noite seguinte para efetuar a lucrativa troca. Foi por pouco! Até alarme colocamos para não precisar criar uma nova história, caso esquecêssemos mais uma vez.
Pior foi o maldito tablet. Quem pede um tablet ao Papai Noel? Foi a deixa para ele desconfiar que o bom velhinho não teria grana para aquele presente. Evaporou-se boa parte da inocência do nosso bebê naquele tablet cruel. Se estiver com tempo, navegue na memória. Olhe as primeiras fotos. Assista aos primeiros vídeos. Quem corrigiu “bergatota”, “bigo” e “loupa”? Pense o que quiser, mas até hoje umbigo chama “bigo” aqui em casa. Faz muito mais sentido. Um bigo, dois bigos! Óbvio!
Semana passada, essa sim, poucos dias atrás, meuadolescente ganharia uma carona. Na direção, um amigo recém habilitado. Quase enfartei. Mas segurei as pontas. Pensei comigo mesmo: deve ser isso o tal “criar para o mundo”. Não tenho provas, mas desconfio que outro pai foi até a garagem do guri e furou o pneu do carro, porque, no fim das contas, precisaram apelar para um carro de aplicativo. Se vocês ouviram fogos de artifício, eram meus.
Eu sei, mais cedo ou mais tarde vai acontecer. E será a primeira de muitas caronas. Eu sei. Mas também me sinto no direito de pausar isso tudo. Ganhar um tempo extra para admirar o que construímos juntos. Nada é mais colaborativo do que a criação de um filho. O que nem sempre consideramos é o tanto que eles contribuem no processo.
A verdade é que apesar dos erros, vencem sempre as tentativas de se fazer o certo. E o grande guia dessa jornada é o nosso filho. Basta estarmos atentos aos sinais. Eles são o único e possível manual deles mesmos. Por isso, mesmo que eu esteja aflito e receoso, é o olhar dele que me guia para a serenidade. Como quem diz “deu tudo certo até aqui”, meu próprio filho sinaliza o único sentimento possível nesse aniversário tão especial: orgulho.
Mesmo não estando preparado para esta data, admito: que coisa mais linda teu bebê completar a maioridade com integridade e bom coração. O que realmente importa é que ele está preparado. Para os 18 e todos os próximos. Porque nunca faltou amor. Porque filho precisa é disso. De amor, de presença e acolhimento. Gianluca, o papai te ama para sempre. Feliz aniversário!
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