Publicado em 15/07/2015, às 16h04 por Ana Castelo Branco
Depois que me tornei mãe, há quase dois anos e meio, escrevi bastante e usei o Facebook para divulgar meus textos. Eu sentia muita falta de escrever, já que sou redatora e tinha decidido dar um tempo no trabalho. Além disso, precisava colocar para fora aquele monte de sentimentos, descobertas e dúvidas que acompanharam a chegada do Mateus, meu primeiro filho, que, por acaso, tem síndrome de down (não reparem que sempre escrevo o nome da danada com letras minúsculas. É uma mania maluca que desenvolvi para mostrar que não dou muita importância. Um pequeno protesto pessoal).
Escrevi sobre como recebi a notícia da síndrome, contei momentos bons e momentos difíceis, declarei meu amor um milhão de vezes. Mas, depois que a Helena, minha caçula, nasceu, perdi um pouco a inspiração e a vontade de escrever. Não sei se foi o cansaço pelas noites maldormidas típicas das mães de recém-
nascidos ou por falta de tempo. Com dois bebês em casa, tempo para escrever é um luxo maior que férias na Polinésia. Só sei que, de repente, a síndrome tinha perdido ainda mais sua importância.
O pediatra do Mateus, um especialista em síndrome de down, recomenda às mães de seus pacientes que tenham logo outro filho. Ele diz que, durante muito tempo, creditou-se o melhor desenvolvimento de algumas crianças às condições financeiras dos pais. Afinal, as terapias e os exames constantes não são baratos. Até o dia em que ele percebeu que algumas crianças down moradoras de uma favela tinham um desenvolvimento surpreendente. Ao se aprofundar no assunto, chegou à conclusão que, na verdade, as crianças down, ricas ou pobres, que melhor se desenvolvem são aquelas que têm irmãos de idade próxima. Até três anos de diferença.
Quando levei o Mateus para a primeira consulta nesse especialista, ele perguntou se pretendíamos ter outro filho. Ele não tinha notado minha barriga de quatro meses de gestação. Ao receber a notícia da gravidez, acho que ficou até meio decepcionado por ter que pular seu discurso pró-bebê. Mas deu o seu veredicto: “Helena será a melhor terapeuta que o Mateus poderia ter. Não há fono, T.O. ou físio que seja capaz de fazer por ele o que a Helena será capaz de fazer”.
Fiquei um pouco preocupada com a responsabilidade que aquela criança já carregava antes mesmo de nascer. Mas rapidamente me toquei que esse peso poderia ser dosado por mim e parei de pensar nisso.
Minha filha ainda é muito pequena. Tem apenas 1 ano e 3 meses. Mas, desde que nasceu, deixou claro que pode mesmo fazer muito pelo irmão. Simplesmente por existir. Ao tirar minha inspiração para escrever sobre o Mateus e sua síndrome, ela mostra que chegou para deixar tudo mais leve. E, ao lembrar constantemente que ela depende de mim tanto quanto ele, me faz enxergar que ela e o irmão são apenas dois bebês que só precisam de cuidados, amor e que têm uma vida toda, maluca e cheia de incertezas, pela frente.
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