Publicado em 07/02/2020, às 13h14 por Redação Pais&Filhos
Thaeme Mariôto é mãe de Liz, que está com 9 meses de vida, fez um desabafo sobre a primeira filha. A menina está passando por uma situação que pode ser muito comum em crianças e bebês: o terror noturno. Ela fez um desabafo nas redes sociais sobre a situação. É muito frequente em crianças, principalmente entre os 2 e 5 anos de idade, e algumas vezes pode ser confundida com os pesadelos.
Segundo Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex, o terror noturno acontece na primeira metade da noite, antes do sono REM, estágio em que as crianças sonham. “É importante diferenciar os distúrbios. Durante as crises, as crianças podem gritar, chorar, conversar, se debater, abrir os olhos e até sentar na cama, tudo isso sem despertar, e não terão consciência do acontecido no dia seguinte. Já o pesadelo acontece nas horas finais do sono e as crianças conseguem acordar e se lembrar do que estavam sonhando”, explica.
A cantora disse que a filha começou a chorar e a gritar durante a noite. No começ, a mãe suspeitou que poderia ser uma dor causada pelo crescimento dos primeiros dentes. “Dentinho nascendo, a Liz reduziu o apetite, passou a comer menos e teve um pouquinho de febre. Aquele sintoma do sono, o pediatra dela falou que não tem nada a ver com o dentinho, a questão maior dela agora é o sono. Pelo jeito tá com o tal do ‘terror noturno’. Ela sempre dormiu tão bem, mas agora tá desafiador”, relatou a cantora nas redes sociais.
O terror noturno ainda é um enigma, mas acontece na infância, principalmente com bebês. Seu filho pode estar com os olhos abertos, mas, na verdade, está dormindo ainda. O ideal para lidar com isso é não tentar acordá-lo e esperar passar. Acordar seu bebê significa deixá-lo chateado e mais confuso, o que pode dificultar para dormir novamente. “Não é necessário acordar a criança durante o episódio para evitar que ela se assuste ou fique muito confusa com o que está acontecendo. Deixe o ambiente seguro, com as janelas fechadas ou protegidas por redes, sem fios que possam enroscar ou objetos que quebrem por perto, caso apresente sintomas como se debater e levantar”, orienta Renata.
No geral, o problema assusta mais os pais do que os filhos e, normalmente, os episódios desaparecem conforme a criança cresce. “As causas ainda não são conhecidas, mas podem estar relacionadas a um estímulo grande do sistema nervoso central durante o sono, que aconteceria porque as suas células ainda não estão maduras, por isso as crises tendem a desaparecer por completo conforme o desenvolvimento da criança”, explica a especialista.
Mas fique atenta: se os pesadelos ocorrem com muita frequência, algo pode estar errado e é preciso avaliar o que está acontecendo durante o dia. Um conflito na família, algo que esteja deixando seu filho aflito, ansioso, com medo e receio de ficar sozinho podem ser a origem do problema. Quando isso persiste, pode ser hora de procurar ajuda profissional.
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