Publicado em 20/06/2018, às 17h12 - Atualizado em 21/06/2018, às 11h57 por Jéssica Anjos
Parece coisa futuro, mas não é! Um estudo publicado pela revista Nature Genetics, de fevereiro de 2018, trouxe uma luz sobre um tema polêmico entre os cientistas: a inteligência humana. Comandado por pesquisadores da King’s College de Londres, a pesquisa, feita com mais de 78 mil pessoas, conseguiu explicar como a genética afeta essa habilidade. E, acredite ou não, está comprovado que inteligência não é apenas uma coisa que se desenvolve, mas também é herança dos pais.
Para ser mais preciso, a chance do seu filho herdar a inteligência de você varia de 20 a 50%. O Dr. Ciro Martinhago, diretor da Chromosome Medicina Genômica e membro da equipe de genética do Hospital Albert Einstein e pai de Isadora e Pedro, comentou com a gente que esse estudo foi um enorme avanço para a ciência. “Eles fazem o teste através da saliva. Coletando esse material do recém-nascido eu consigo dizer qual a probabilidade da inteligência daquela criança”, explicou.
Porém, não se trata de um grande passo apenas para os cientistas, mas também para a sociedade como um todo. “Quebramos um pensamento que diz que a evolução é a sobrevivência dos mais fortes, agora são nosso foco será nos mais aptos”, diz o geneticista. Além disso, o teste também consegue indicar em qual área do conhecimento a criança terá mais chance de se dar bem. Imagina poder saber se o seu filho é melhor em humanas ou exatas desde o nascimento?
Quais são as consequências?
Segundo o Dr. Ciro, essa descoberta pode mudar a nossa maneira de viver em sociedade. Em uma entrevista de emprego, por exemplo, o que conta de verdade é o currículo e as indicações. Com a informação do teste de inteligência o tipo de cobrança para uma vaga de trabalho pode mudar. A empresa pode formular o perfil do profissional requisitado pensando em critérios genômicos (informações hereditárias do organismo) e não apenas curricular.
Mas como todas as coisas da vida, essa informação também pode ser usada de maneira negativa. Saber que um indivíduo será mais inteligente do que o outro pode gerar uma certa discriminação. Separando as pessoas em aptas e menos inteligentes. Isso seria horrível! Além de dar a impressão de que aquela criança está condicionada a ser muito inteligente ou não. Esse determinismo não parece legal.
A gente precisa conversar
Embora pareça uma coisa distante não, o teste já começou a ser oferecido nos Estados Unidos, e, de acordo com o especialista, não deve demorar mais de um ano para chegar ao Brasil. É claro que o acesso vai depender do poder aquisitivo dar pessoas, mas isso irá mudar com o tempo. Talvez seja algo normal daqui a 50 anos e todas as pessoas possam acessar essas informações com facilidade. “Seu filho vai viver isso e você precisa estar ciente disso para melhor orientá-lo”, aconselha o geneticista.
Entretanto essa não é uma apenas uma responsabilidade dos pais, a escola também precisa se preparar. A criança de hoje necessita compreender o que é o DNA para se proteger e saber lidar com as transformações da tecnologia que envolvem esse tema tão polêmico entre os pesquisadores.
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