Publicado em 09/09/2022, às 13h19 - Atualizado às 13h30 por Redação Pais&Filhos
O hospital norte-americano Duke Health, realizou o primeiro transplanteparcial de coração do mundo com artérias e válvulas vivas de um coração recém-doado fundidas ao coração existente de um paciente. O procedimento foi feito no bebê recém-nascido, Owen Monroe de cinco quilos que veio ao mundo com uma condição chamada truncus arteriosus, na qual suas duas principais artérias do coração foram fundidas.
“Este procedimento potencialmente resolve o problema de uma válvula em crescimento. Se pudermos eliminar a necessidade de várias cirurgias de coração aberto toda vez que uma criança supera uma válvula antiga, poderíamos prolongar a vida dessa criança em potencialmente décadas ou mais”, coutou o Joseph W. Turek, chefe de cirurgia cardíaca pediátrica do hospital Duke Health, que liderou o procedimento ao portal ig.
Em transplante tradicionais de coração, crianças como Owen, receberiam as duas artérias de cadáveres preservadas com válvulas, mas o tecido implantado no procedimento não cresceria junto com o coração do receptor. Nesses casos, os pacientes precisam passar por inúmeras cirurgias cardíacas, consideradas invasivas,com o coração aberto, para substituir as válvulas por outras maiores e diminuiria a expectativa de vida, daquela criança.
No transplante pioneiro parcial de coração, Turek e sua equipe, usaram tecidos vivos, ou seja, o crescimento da válvula ocorre naturalmente. O tecido foi obtido de um coração de doador que tinha válvulas fortes, mas não pôde ser usado para transplante completo devido à condição do músculo. O procedimento foi realizada em abril de 2022 e foi um sucesso. O bebê Owen tem se recuperado bem com melhorias notáveis e sua perspectiva de vida continua alta.
“Nossa maior esperança é que a história de sucesso de Owen mude a forma como a doação e transplantes de órgãos são tratados não apenas para bebês com doenças cardíacas congênitas, mas para todos os pacientes”, disse Nick Monroe, pai de Owen. Outros especialistas da Duke esperam que uma abordagem semelhante possa ser usada para tratar crianças, fornecendo uma cirurgia única para implantar tecido recém-doado que possa crescer com o paciente e evitar assim inúmeros transplantes desgastantes ao longo da vida dele.
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