Publicado em 03/07/2018, às 16h31 por Redação Pais&Filhos
Seu filho está crescendoe descobrindo seu corpo. Percebendo mãos, pés e também as suas necessidades. No momento do desfralde, a criança passa a entender que aquilo que está na fralda é ela quem faz, é dela. E essa é uma mudança grande na capacidade de autopercepção, diferente de tudo o que a criança já passou antes.
O período natural de acontecer o desfralde do bebê é entre 18 meses e 4 anos, segundo a fase de desenvolvimento anal especificada por Freud. Nesse momento, o sistema nervoso da criança vai se desenvolvendo da parte central até a região mais baixa do tronco, chegando ao assoalho pélvico da criança. Parece complicado, mas significa que os sinais nervosos chegam com mais rapidez ao esfíncter. “Esse processo faz com que o bebê ande com coordenação e tenha controle sobre a bexiga, porque a sensação de estar apertado ele já tem”, explica Fabiana Catanzaro, mestre em Psicologia Escolar e Psicopedagoga, filha de Marlene.
Algumas atitudes podem colaborar nesse momento, dentre elas deixar a porta do banheiro entreaberta para que elas possam ver seus pais indo ao banheiro. Outra ideia é apresentar o penico à criança: deixe que ela explore o objeto, respeite seu tempo. O uso do penico é recomendado por muitos pediatras pela facilidade de usar, o bebê consegue sentar e sair sem problemas e levá-lo aonde quiser. “Os pais devem ter paciência, tolerância, não exagerar para nenhum lado. Por exemplo, parabenizar a criança quando usou o penico na primeira ou segunda vez tudo bem, mas depois, aos poucos, isso deve se tornar natural. E nem o contrário, exagerar no que é ruim, reclamar muito do cheiro, falar olha só o que você fez, quanto cocô, que nojo. Claro que a criança tem que aprender que as fezes são algo que ela descarta, não é porque foi produzida por ela que tem que ficar. Aos poucos ela perceberá que controla suas necessidades, mas que também é uma coisa diferente dela. Portanto é válido se despedir do cocô e xixi e estimular o desejo dela de crescer igual ao pai, à mãe, aos irmãos”, completa a psicóloga.
Ao tirar a fralda, é comum haver escapes e a criança sujar a roupa. “Esses escapes são normais, temos que ter atitude positiva, sem cobrar demais para que ela não tenha traumas e encare esse processo como natural”, diz Teresa. O que acontece no momento do desfralde é que o bebê está começando a ter controle, mas ainda não total. “Falar para a criança que tem que fazer cocô em tal hora, ou perguntar demais se fez cocô hoje quando estava na escola, ou ficar focando demais nesse assunto é ir contra a natureza. É claro que é importante saber, mas esse tema virar o da vida da criança não é legal”, afirma Catanzaro.
Tudo ao seu tempo
Alguns bebês desfraldam mais rápido e outros têm o desenvolvimento mais lento; essa variação de tempo é normal. Para saber o melhor momento de começar o desfralde, você deve ficar atenta aos sinais da criança. “Para abandonar a fralda, o bebê precisa se sentir seguro e tranquilo para perceber as necessidades fisiológicas, dar atenção à elas e calcular o tempo que necessita para chegar ao banheiro. Geralmente a partir de 2 anos e meio, em média, é quando a criança já comanda o esfíncter, que são as estruturas que controlam a abertura e o fechamento da uretra e do ânus. Ela aponta a região das fraldas e fala “xixi” ou “cocô”, e tem capacidade de ficar sentada de 5 a 10 minutos. E a escola e professores devem incentivar o início da retirada da fralda ao perceberem que o pequeno demonstra estar preparado, conversando com os pais a respeito”, diz Teresa Uras, pediatra do Hospital Samaritano de São Paulo, mãe de André e Amanda.
Esse processo é o momento em que seu filho perceberá que não é mais um bebê. Isso pode ser muito angustiante para ele dependendo de como essa fase é entendida. É importante que todos percebam o desfralde como algo bom e mostrem para a criança que é um crescimento, um ganho.
Para ela, o ideal é começar o desfralde diurno e depois fazer o noturno. Isso porque o organismo da criança pode ter dificuldade de segurar o xixi durante as fases do sono profundo. “Depois que ela ficar sem fralda o dia inteiro, os pais podem começar a pensar em tirar durante a noite também”, explica.
Em algumas situações pode ser necessário retroceder o processo de desfralde. “É um período de aprendizado. E quando a criança está muito assustada ou acontecem casos de doenças agudas, devemos interromper o processo”, afirma Uras. E continua: “Se a criança não está reagindo de uma maneira produtiva para aquela relação, começa a fazer cocô em todos os lugares ou a segurar muito as fezes, alguma coisa não está bem. Ela está dizendo que o processo precisa de tempo ou de maturidade. E dar um passo atrás não é um erro. Errado está em percebermos que não era o momento e não voltarmos atrás. Com isso a criança vai se sentir respeitada e saber que tudo bem ela ter o tempo dela. E isso é um ganho”, conclui a psicóloga.
Por: Gelse Montesse, mãe do Martim
Leia também
Por que não é legal cobrir o carrinho do bebê com fralda?
Tem noção de quantas fraldas o bebê vai usar? Temos uma ferramenta que te ajuda nisso
Família
Amanda Kimberlly posta novo vídeo com terceira filha de Neymar: “As caretinhas”
Família
Mãe de Neymar apaga foto com Davi Lucca depois de polêmica com Mavie e Bruna Biancardi
Família
Filha de Leonardo explica motivo de não ir ao aniversário do pai: “Bloqueando alguns inconvenientes”
Família
Jade Magalhães dá detalhes de chá revelação do primeiro filho com Luan Santana
Família
Marido de Ivete Sangalo diz que criou a escola que as filhas estudam por motivo curioso
Família
Conheça Jade Magalhães: Modelo e influenciadora passou 4 anos separada de Luan Santana
Família
João Guilherme explica por que não foi ao aniversário de 61 anos do pai
Família
Filho de Ana Hickmann opina sobre casamento da mãe com Edu Guedes e resposta surpreende