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Chupeta compromete o desenvolvimento da fala do bebê?

A chupeta ajuda, mas deve ser usada até uma fase - iStock
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Publicado em 05/08/2020, às 15h05 - Atualizado em 06/08/2020, às 10h09 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


As primeiras palavras das crianças são alguns dos momentos mais aguardados pelos pais. Quem nunca disputou qual seria, que atire a primeira pedra. Esse marco importante na vida da família vai muito além de sons, trata-se de estímulos para que a fala se desenvolva de forma progressiva. Tatiane Lettieri Conte, fonoaudióloga, mãe de Isabella, reforça esse ponto, mas destaca: “Apesar da ansiedade, tem um cronograma. Mas cada criança tem o seu tempo, não significa que está certo ou errado. O desenvolvimento da fala depende de práticas que estimulem as habilidades”.

A chupeta ajuda, mas deve ser usada até uma fase (Foto: iStock)

Uma das maiores questões é justamente com a chupeta. A especialista explica que não há qualquer prejuízo à fala da criança, desde que seja usada até os dois anos. “Depois dessa idade, ela causa danos, porque impede que a boca faça uma movimentação adequada dos músculos. A criança passa a ter uma postura de lábios e língua comprometidas”, alerta. Esse acessório é uma mão na roda e funciona como calmante nos momentos de choro, mas conforme o bebê cresce passa a chupar chupeta pelo prazer de ter algo na boca, mas não pela sucção.

“Depois do tempo permitido, o uso da chupeta vai alterar a musculatura facial, arcada dentária e os fonemas”, afirma. A fonoaudióloga destaca o “tatibitati”, ou seja, a troca de todos os fonemas pelo T. Isso também acontece com outras letras, como a troca do R por L. Sendo assim, manter a chupeta faz com que o cérebro entenda que essa é a musculatura correta, quando não é.

Hora de dar tchau

Não é uma obrigação usar chupeta, mas caso você apresente para a criança, também é fundamental ajudar a desapegar. “Os pais precisam ter consciência de que o filho está crescendo e a chupeta precisa ser retirada. Sabemos que é um processo difícil, porque a criança tem um apego e a enxerga como parte dela, por isso o melhor caminho é a conversa”, pontua. Para Tatiane, eles precisam informar a criança sobre a perda, falar que estão crescendo. Não acontece de um dia para o outro, mas com o tempo o cérebro irá entender.

Uma coisa precisa ficar clara: a partir do momento que os pais tomarem a decisão de tirar a chupeta, não podem voltar atrás. Nem durante a noite, nem naquela birra incontrolável, ou qualquer outra situação.“Quando os pais tiverem a consciência de que é hora de largar, é um trabalho em equipe, com a família como um todo”, completa. Tios, avós, irmãos precisam estar comprometidos com a causa. A brecha, além de deixar a criança confusa, dificulta que ela entenda que é necessário parar. Quanto mais tempo a criança usar a chupeta, maior será o impacto e não somente na fala. Dependendo do caso, ela pode precisar de mais suporte profissional, como um fonoaudiólogo, otorrino, dentista e psicólogo.

Bla bla bla

O desenvolvimento da fala também é um processo. A especialista conta que há atividades que os pais podem fazer para incentivar isso dentro de casa: “Falar e apontar os objetos, narrar o mundo para eles, falar de maneira natural e correta, explorar sinônimos, ler histórias, imitar o som dos animais, ter brinquedos lúdicos que explorem formas, cores e números. A criança aprende brincando através de estímulos”. Isso também vale para os exercícios que incentivam a fala, como fazer a vibração da língua (barulho de motor) ou vibração de lábios.

Tatiane explica que as crianças passam por etapas até dominar a fala e esse processo é diretamente afetado pelos estímulos fornecidos pelos pais, até mesmo antes de nascerem, já que a especialista reforça que é interessante conversar com o bebê ainda dentro da barriga. “Com 6 meses, falam as primeiras sílabas. Aos 12, já conseguem identificar sons. Com 1 ano e meio, conseguem combinar duas palavras. Aos 3, começam a formar orações mais completas. Até os 5 anos, espera que falem tudo sem nenhum erro”, diz. Assim, indica que quando os pais percebam que essas etapas não estão acontecendo, procurem ajuda.

Apesar de todos os desafios desse período de pandemia e isolamento, a fonoaudióloga entende que foi um momento de fortalecimento familiar. “A queixa da defasagem da fala sempre vinha do pediatra ou escola. Agora, os pais estão conseguindo conhecer mais o filho e verificar essas questões”, finaliza.

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