Publicado em 28/08/2019, às 13h18 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
Poucos são os estudos que abordam a questão da amamentação com o tipo de parto. Ainda assim, grande parte dos especialistas defende que o tipo de parto que a mulher tem, sim, influência no aleitamento materno.
“É diferente hormonalmente quando uma mulher fez cesariana, mas passou pelo trabalho de parto, o bebê está mais preparado para a amamentação. Em umacesárea agendada, às vezes o recém-nascido não está preparado. Isso não quer dizer que ela vá ter um problema, mas que talvez precise de um pouco mais de tempo para conseguir ser amamentado”, explica a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, nossa colunista e mãe de Matheus, Carolina e Bianca.
Alguns estudos apontam que seria mais difícil para mãe e bebê criarem laços afetivos depois de cesáreas. Uma pesquisa de 2010, da Universidade de Yale, mostra que as diferenças nos hormônios gerados no nascimento podem explicar o fenômeno. Quando chega a hora de o bebê nascer, o nível de ocitocina no organismo da mãe dispara. É o chamado “hormônio do amor” que estimula as contrações uterinas, o que desencadeia a dilatação e promove a expulsão do bebê.
Essas contrações de expulsão liberam a ocitocina, que ajuda na descida do leite, preparando a mãe para amamentação. Além disso, os cientistas acreditam que a ocitocina desempenha um papel fundamental no comportamento das mães e firma o vínculo entre você e filho. Não existem, no entanto, estudos que comprovem que mães que deram à luz por cesárea tenham problemas de relação com o filho a longo prazo.
Cesárea agendada
Quem entra em trabalho de parto e precisa de intervenções ou até de uma cesárea intraparto também recebe uma dose do hormônio na corrente sanguínea, embora menos intensa. Já nas cesáreas agendadas, a mulher não passa por contrações e, como consequência, a ocitocina não é liberada.
Um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas mostrou que a duração da amamentação é similar entre os bebês nascidos por parto vaginal e cesárea de emergência. Por outro lado, os nascidos por cesariana eletiva apresentaram um risco três vezes maior de interromper a lactação no primeiro mês de vida.
Tempo de amamentação
Após o parto, o início da amamentação deve ser realizado o quanto antes para que a criança possa receber o colostro e esteja em contato direto com a mãe logo nas primeiras horas de vida. O início do aleitamento materno até doze horas após o parto está diretamente relacionado com uma maior duração da amamentação, além ser um fator de conforto tanto para a mãe, quanto para o bebê.
Um estudo feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte provou que o parto normal é aquele em que as mulheres iniciam mais rapidamente a amamentação de seus filhos. A pesquisa entrevistou 269 mães para descobrir que 64% das mulheres que amamentaram os filhos imediatamente tiveram partos normais, contra 36% que passaram por cesárea. Entre as mães que amamentaram seus bebês entre 1 a 15 horas após o parto, 53% tiveram parto normal e 47%, cesárea.
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