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Adiar a maternidade: congelar óvulos ou embriões

O congelamento de óvulos e embriões é uma saída para quem pretende ter filhos no futuro - Shutterstock
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Publicado em 04/09/2022, às 04h39 por Dr. Rodrigo Rosa Filho


Desde que o primeiro bebê nasceu por meio da Fertilização In Vitro em 1978, essa foi a conquista mais notável em fertilidade até hoje. Outras técnicas também evoluíram, inclusive as de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos ou de embriões. Mas o que a ciência recomenda: congelar óvulos ou embriões?

Paolla realizou congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos e embriões é uma saída para quem pretende ter filhos no futuro (Foto: Shutterstock)

Para a decisão entre congelar óvulos ou fazer uma fertilização in vitro e congelar embriões para a maternidade futura, temos que levar em consideração alguns fatores e a conduta deve ser individualizada. O congelamento de óvulos é mais interessante para mulheres que não têm parceiro e desejam postergar a gestação, aumentando assim a chance de gravidez no futuro, com um futuro parceiro ou através de uma produção independente (maternidade solo). A vantagem do congelamento de óvulos é que eles pertencem apenas à mulher; então é possível fazer a fertilização in vitro, posteriormente, com qualquer sêmen, sendo de um parceiro ou doador, e ela pode descartar a qualquer momento.

É interessante fazer imediatamente a fertilização in vitro com posterior congelamento de embriões no caso de mulheres que têm o relacionamento estável e desejam, como casal, adiar a gestação. Ou ainda quando o casal tem a pretensão de ter dois ou três filhos. A vantagem da fertilização in vitro é que o congelamento do embrião permite que saibamos com antecedência a sua qualidade, o que nos dá uma chance mais aproximada da realidade em termos de prognóstico de gravidez.

Ao congelar um embrião, já sabemos a qualidade dele e se ele é normal cromossomicamente ou não. O congelamento de óvulos não permite isso, já que o óvulo é uma célula única e não tem como testar a qualidade genética do óvulo; só dá para saber no futuro, quando for fertilizado.

Um embrião cromossomicamente normal, independentemente do tempo em que ele vai ser transferido, Nos dá 60% de chance de virar um bebê. A taxa de sobrevivência ao descongelamento é melhor em embrião (98% a 99%), em comparação à dos óvulos (92%). Quando possível, congelar embrião é mais interessante.

A desvantagem da fertilização com consequente congelamento de embrião, em vez de óvulo, é que o embrião pertence ao casal. Então se houver uma separação no futuro, a mulher não poderia transferir os embriões. E precisaria de um acordo entre ela e o ex-parceiro para saber o destino desses óvulos fecundados. Existem várias nuances que devem ser levadas em consideração, o melhor a fazer é conversar com o médico para definir os caminhos a serem seguidos.

Assista ao POD&tudo com Izabella Camargo


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