Publicado em 02/06/2017, às 14h16 por Nanna Pretto
Essa semana, por conta de uma reportagem que circulou na mídia, a advogada e mãe Kelly foi massacrada nas redes sociais por ter dito que nunca precisou fazer papinha, pois compra a refeição pronta do filho na escola que ele estuda.
Falaram em terceirização da maternidade, falaram em ter filho por conveniência, falaram de falta de amor e carinho (oi?). Mas por que as pessoas continuam apitando na forma que uma ou outra cria o seu próprio filho?
A escola em questão oferece o serviço de lavagem de uniformes, alimentação completa, serviço de babysitter com auxiliares e professoras da escola e a possibilidade de comprar os alimentos congelados para o fim de semana. E há quem pague, porque gosta ou precisa disso. Fim.
Alguém procurou saber sobre a vida dessa mãe antes de atirar a primeira frutinha orgânica nela? E se ela estiver sozinha na empreitada, sem a figura paterna ao lado? E se ela for como eu, que morou longe da família nos primeiros anos de vida do filho e tinha de se virar?
E se essa mãe trabalha até às 7 da noite, pega o filho e, gente, só tem esse tempinho para ficar junto? Se existe um serviço de conveniência que pode fazê-la ganhar tempo para ficar com a criança, que mal a isso?
Não estou defendendo (mas adorei o lance da lavagem dos uniformes), só acho que ninguém tem a ver com isso. A vida do outro não precisa ser notícia. A forma de uma maternar não é melhor ou pior que a da outra. Ou a família que deixa a janta da criança na responsabilidade da babá ou da vovó é melhor do que a que compra a comidinha pronta? Entende que não é da nossa conta? Entende que, na vida dessa família, essa pode ser a solução?
(E que bom que eles acharam uma solução!)
Aqui, por exemplo, o terceiro turno é sempre exaustivo. E olha que tem pai e mãe em casa. Temos duas horas para ficarmos, os quatro, juntos. Corre pro banho, para fazer lição, fazer comida, comer a comida e, quem sabe, conseguirmos um tempinho para brincarmos. Ai se eu pudesse tirar da lista alguns desses itens para ter mais tempo com meus meninos…
O que eu acho é que não pode, na minha opinião, é perder o foco na escola. Oferecer esses serviços é legal, tem demanda e gera mais um negócio para a escola. Mas a criança está lá para aprender. Não dá para uma coisa anular a outra.
Mas, de resto, o importante é estar junto, é criar, educar e ser feliz com os seus filhos. Seja comendo comida pronta ou sentindo o cheirinho do feijão no fogão!
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