Publicado em 14/09/2019, às 18h43 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h34 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Todo mês um tema diferente sobre o universo da amamentação com depoimentos de leitoras e a declaração da nossa especialista, a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, mãe de Matheus, Bianca e Carolina. Dessa vez, o assunto é leite empedrado.
O ingurgitamento mamário, popularmente conhecido como leite empedrado, é uma situação comum nos primeiros dias da amamentação. Colaboram com sua ocorrência os fatos de que o bebê está aprendendo a mamar e que acontece a apojadura (descida do leite, onde o volume aumenta rapidamente quando comparado ao colostro).
Neste momento, a livre demanda é grande aliada, e, sempre que possível, deve-se alimentar o bebê em intervalos curtos, com o intuito de esvaziar a mama para melhorar o desconforto.
Algumas medidas como amamentar na primeira hora de vida, ficar com o bebê em alojamento conjunto, amamentar em livre demanda, garantir a pega correta e compressão das mamas durante a mamada, atuam preventivamente.
Devemos redobrar o cuidado com a pega, pois com o endurecimento da mama, torna-se mais difícil o bebê conseguir fazê-la e o risco de machucar o mamilo aumenta. No ingurgitamento o leite realmente muda seu estado físico, tornando-se menos fluido e sua ejeção é dificultada.
Situações relaxantes, como banho morno com a água nas costas e não na mama, escalda-pés e massagens durante a amamentação podem ajudar. Compressas geladas (não gelo) por 10 minutos após as mamadas diminuem o inchaço, o fluxo sanguíneo local e ainda colaboram com a drenagem linfática. Quanto mais vezes o bebê mamar, mais rápido a mama voltará a ficar confortável.
Confira o depoimento de nossas leitoras:
“Quando conseguimos acertar a pega, veio o ingurgitamento, quase tive mastite. O que me salvou foi a bomba elétrica e a extração, que foram dicas da minha irmã. Como mãe de primeira viagem não foi fácil, mas deu certo e sigo amamentando” Fabiana Costa, mãe de Caio
“Aconteceu comigo na primeira semana e também no desmame. Doía muito, tive febre e mal-estar. A extração manual e com a bomba elétrica me ajudaram muito, além do apoio dos profissionais do banco de leite humano do hospital” Aline Silvestre, mãe de Cecília
“Tive empedramento no início da amamentação. Meu filho mamava pouco e dormia muito, então não esvaziava meu seio em uma única mamada. Fiz massagens para drenar o excesso e apenas isso bastou para resolver, já que peguei bem no início” Deise Coelho, mãe de Davi
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