Publicado em 10/03/2018, às 05h22 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h29 por Redação Pais&Filhos
Fabiano Carvalho, pai de Helena e Stella, passou por um momento difícil no início da sua entrada na paternidade, mas suas filhas trouxeram a alegria que ele precisava para mudar a sua vida.
“A minha inclusão neste universo da paternidade começou anos atrás. Fui pai a primeira vez com 35 anos. No final de 2001 nascia Arthur, meu filho. Muitas coisas passaram pela minha cabeça enquanto observava o crescimento da barriga. Estava presente em todos os exames de ultrassom, sempre atento e compreensivo às variações de humor. Ainda assim, tudo isso é pouco comparado à experiência da sua parceira. Compreendi que a ficha do homem só cai quando pega a criança nos braços.
Como era meu primeiro filho, fiz muitos planos, imaginei esse garoto crescendo e a vida dele passou toda diante dos meus olhos. Porém, no dia 2/2/2002 o Arthur partiu, teve uma rara doença genética mitocondrial. Foi devastador, esse futuro que eu imaginei foi perdido.
Anos depois me casei novamente com Kaka e tive uma nova chance de vivenciar essas emoções. Confesso que não fiz planos, nem conseguiria. Fizemos todos os exames possíveis para detectar essa coincidência genética e tentei ficar calmo. Quando o médico na maternidade chamou para acompanhar o parto, foi emocionante como da primeira vez. Nasceu naquele momento a Helena, minha primeira filha e nascia um novo eu. Percebi que ao entrar no carro para ir com a minha família para casa eu mal conseguia acelerar. Responsabilidade? Talvez. Mas minha vida tinha ganhado outra velocidade.
Claro que tentei ajudar ao máximo nos turnos e cuidados, mas aquela menina tão frágil aguentou um pai às vezes trapalhão. Meu maior desafio foi dar para este mundo uma pessoa boa, isso, por si só, é desafiador. Às vezes tento ser melhor e diferente do meu próprio pai, mas nas reações imediatas sou idêntico a ele. Não existe uma receita, mas uma vez um amigo me disse: “Nunca perca a ponte de comunicação com seu filho, às vezes dez minutos de conversa pode mudar tudo”. Segui esse conselho e sempre cultivei essa confiança com minha filha, mantivemos essa ponte que faz tudo valer a pena.
Com 5 anos Helena ganhou uma irmã, a Stella. Já mais seguro como pai, descobri a individualidade de cada filha. Tento ficar atento às necessidades de cada uma. A energia que nossos filhos demandam fisicamente é bem grande também. Vou descobrindo o mundo de novo com elas e construindo boas memórias. Boa sorte pra todos nós neste ano que está apenas começando.”
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