Publicado em 06/11/2013, às 14h24 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h31 por Redação Pais&Filhos
A vontade de ficar mais tempo com os filhos foi um dos motivos que levou ao crescimento do empreendedorismo feminino no Brasil. Segundo dados do livro Minha mãe é um negócio, de Patricia Travassos e Ana Claudia Konichi, cerca de 65 mil empreendedoras, dentre as 17 milhões que existem no Brasil, estão à frente de uma franquia e chegam a faturar até 34% a mais do que lojas gerenciadas por homens.
A empresária Vanessa Roos, mãe de Isabella e Bruno, é dona da Trullis Dolce Indulgenza, que investe no mercado de doces no Sul do país. Ela optou por abandonar a carreira de executiva por não conseguir participar da vida da filha mais velha. “Ou eu embarcava de fato na vida de executiva e abria mão da infância da minha filha, ou montava o meu próprio negócio para ter mais flexibilidade”, conta. Com o lucro da indenização, decidiu abrir uma pequena empresa e hoje atende vários clientes. “Abrir a minha empresa não significa que trabalho menos, mas faço de tudo um pouco”, explica.
Abrir o próprio negócio ajudou Vanessa a ter autonomia para organizar o seu horário e acompanhar o crescimento dos filhos. “Eu faço algo que me dá prazer e sinto que estou criando alguma coisa”, diz. Ela se encaixa na pesquisa realizada pela Sebrae em parceria com Dieese, que analisa que o mercado de empreendedoras cresceu, de 2001 a 2011, 21,4% e que 40% das mulheres são chefes de família, sendo que 70% delas tem pelo menos um filho.
Segundo Patricia Travassos, filha de Clovis e Marion e coautora do livro Minha mãe é um negócio, o lado bom do empreendimento é que a mãe consegue estar mais próxima da criança e, ao mesmo tempo, participar ativamente de atividades, como reuniões escolares e lições de casa. “Acompanhando o trabalho da mãe, o filho também aprende valores importantes para a educação, como ética, o valor do dinheiro e do trabalho em si”, explica.
Procure planejar
Para o negócio dar certo, o planejamento é obrigatório. Funciona como o pré-natal da grávida, que é fundamental para conduzir o desenvolvimento do bebê da melhor maneira. O plano da empresa deve ser feito antes do nascimento: estudar as variações do mercado, concorrência, matéria-prima que será utilizada e o desenvolvimento do produto.
Segundo estudo de Harvard, 30% das empresas fecham antes de completar dois anos de vida. As perguntas fundamentais antes da criação, para não entrar nessa estatística, são:
Tenha em mente que mudanças podem acontecer nessa empreitada. Se o seu foco eram os doces, pode ser que o salgado acabe rendendo mais e você acabe desviando a aposta.
Deixe o negócio crescer
Não se engane achando que o negócio não dá trabalho. Ele exige atenção, e muita. “A empresa é mais um filho para criar. Também exige presença e concentração da empresária”, explica Patricia Travassos. É verdade que a mãe ganha mais autonomia e flexibilidade, além da autoestima que melhora quando o empreendimento dá certo. “Não dá pra pensar em manter uma empresa do mesmo tamanho de quando foi inaugurada ou fechar o negócio porque deu certo. A empresa precisa crescer para sobreviver, pois os clientes e os funcionários vão exigir aumento nos gastos”, explica Patricia.
Foi o que aconteceu com Lislene Cordeiros, mãe de João Pedro e Larissa, que abriu um restaurante especializado em frutos do mar, o Momento Peixe. “Queria investir em algo para ter a vida mais tranquila e dar um futuro melhor para a minha filha. A vantagem é não ter patrão, cuidar de algo que é seu e crescer como profissional”, conta. Mas o negócio cresceu tanto que acabou ocupando seu tempo integral. Mais tarde, achou melhor passar adiante para se dedicar à família. “Minha filha podia estar sempre comigo e aprendeu tudo sobre o restaurante. Tanto que hoje, aos 16 anos, é gerente de um”, diz.
Elas se preocupam mais
Segundo Patricia Travassos, a mãe empreendedora se preocupa com o legado que vai deixar para as próximas gerações. Por isso, há uma preocupação maior com os seus funcionários e assuntos que estão relacionados à maternidade. Vanessa Roos, por exemplo, se organiza para que as funcionárias possam sair mais cedo para alguma atividade com o filho, como uma apresentação na escola. “Sou flexível porque também sou mãe. Sei que elas precisam, assim como eu”, diz.
“O instinto materno transborda para as suas funcionárias e para o negócio”, explica a coautora de Minha mãe é um negócio. Esse é um dos grandes desafios das empresas: manter os talentos femininos e dar mais autonomia e flexibilidade para que elas estejam satisfeitas com o trabalho.
Para dar certo
O empreendimento pode ser um aliado para você conseguir passar mais tempo com a família, mas tudo depende da organização. Lembre-se:
Consultoria:
Patricia Travassos, filha de Clovis e Marion, é publicitária, jornalista e coautora do livro Minha mãe é um negócio.
Família
Amanda Kimberlly posta novo vídeo com terceira filha de Neymar: “As caretinhas”
Família
Filha de Leonardo explica motivo de não ir ao aniversário do pai: “Bloqueando alguns inconvenientes”
Família
Mãe de Neymar apaga foto com Davi Lucca depois de polêmica com Mavie e Bruna Biancardi
Família
Jade Magalhães dá detalhes de chá revelação do primeiro filho com Luan Santana
Família
Marido de Ivete Sangalo diz que criou a escola que as filhas estudam por motivo curioso
Família
Conheça Jade Magalhães: Modelo e influenciadora passou 4 anos separada de Luan Santana
Família
João Guilherme explica por que não foi ao aniversário de 61 anos do pai
Família
Filho de Ana Hickmann opina sobre casamento da mãe com Edu Guedes e resposta surpreende